Capítulo 32

Já em casa, e mais calmo, contei a minha mãe o que tinha em mente. Lutaria na justiça pela guarda dos meus filhos até o fim. Mesmo a amando incondicionalmente, eu não conseguiria ficar ao lado de uma mulher que me rejeitou. Eu estava disposto a recomeçar uma nova vida com ela e com os nossos filhos, como uma família mesmo. Mas se ela não quer isso, não posso fazer nada. Só quero ter meus filhos perto de mim. Só.
-Olha meu filho, eu entendo a sua frustração e te admiro por ter agüentado todo esse tempo sem ela. Criou muito bem meus netos por sinal, mas você não pode e até seria injusto se tirasse os dois da mãe. Ela acabou de voltar de um coma gravíssimo. Com certeza muitas coisas estão meio bagunçadas na cabeça dela. Do nada, ela vai ao hospital para dar a luz e só acorda um ano depois, com dois filhos criados e uma vida completamente desbalanceada. Se fosse comigo, eu também precisaria de um tempo. E vamos meu filho, que antes dos bebes nascerem, você a humilhou de mais. Eu sei que você estava com a cabeça quente, mas tirou toda a autoridade dela perante os funcionários. Até hoje, quando ando pelos corredores, escuto os funcionários comentando sobre o que aconteceu. Eu sei que você está arrependido, mas deve ter sido difícil pra ela. Por mais que você a ame, você precisa dar a ela o tempo que ela precisa para colocar os pensamentos dela no lugar. Vocês precisam disso também. Afinal, agora você é pai. E precisa agir com maturidade. Lutando na justiça não vai adiantar de nada, uma vez que juiz nenhum no mundo vai te conceder a guarda sabendo que a mãe acabou de acordar de um coma. Eu sempre vou estar do seu lado te apoiando meu filho, mas desta vez, eu não irei de apoiar se você levar essa idéia de justiça para frente. Os bebes precisam da mãe.
-E eu preciso da Vanessa volta mamãe.
-Eu entendo meu filho, mas dê tempo ao tempo está bem? Fique uns dias comigo aqui na Itália, ligue para os seus velhos amigos, vá tomar uma cervejinha, conheça pessoas novas e quando você estiver com a cabeça mais fria, volte para Los Angeles e aja como um pai de família.
Avaliando melhor a situação, percebi que minha mãe estava coberta de razão. Não adiantaria de nada eu pedir a guarda das crianças na justiça agora. Eu a amo de mais, e por esse motivo, devo respeitá-la.

(Narração – Vanessa)

Quando acordei, Amy e Greg ainda estavam dormindo. Com cuidado, levantei e fui em direção a porta. Quando sai, mamãe e Stella estavam desesperadas do outro lado.
-O que aconteceu? –Perguntou Stella meio alterada.
-Nada. Só peguei no sono...
-Não estou falando disso. Estou falando do Efron. –No momento que ela disse Efron, uma fortíssima dor de cabeça me invadiu. Levei à mão na testa.
-Por favor Stella, eu vou te explicar tudo, mas me de um remédio para dor de cabeça antes de qualquer coisa. Por favor...
Depois de um tempo, minha cabeça já não doía mais e as crianças continuavam dormindo.
-Eu tenho medo de perder meus filhos mamãe...
-Eu sei que tem minha filha. E sei também que você precisa de um tempo para pensar, mas tente entender o lado dele. Você não tem noção o quanto ele sofreu durante esse tempo...
-Eu sei disso mamãe. E eu o admiro por ter agüentado tanto. Mas a verdade é que eu não sei se o amo mais. Antes, eu olhava pra ele e sentia um imenso amor. Mesmo depois de tudo, eu ainda era apaixonada por ele. Mas agora, parece que a chama se apagou entende? Parece que... Eu não sei explicar, mas parece que o amor acabou. Consegue entender?
-O amor pode ter esfriado, mas acabado? Duvido muito. Olha minha filha, diga que você quer um tempo. Tenho certeza de que se ele te ama, ele vai te respeitar e vai saber te esperar.

(6 meses depois...)

-Mamãe? Mamãe? –Amy veio correndo em minha direção pelos corredores da empresa.
Sim, eu tinha voltado a minha vida normal na Efron’s LTDA. Conversei com os acionistas por um dia inteiro de portas fechadas, incluindo a presença de Zac e Dylan que concordaram com a minha volta mais do que merecida. Por que afinal de contas, eu ajudei a erguer esse império. E como a marca estava ficando cada vez maior, criado parcerias com grandes nomes como Gucci, Calvin Klein e Diesel, tivemos que abrir mais afiliais, e para ficar perto dos meus filhos, Nova York foi escolhida para abrigar uma sede dos EUA, só que maior do que a da Itália, com 30 andares. A linha de confecção e decoração, administração e diretoria, todos no mesmo prédio. E também, foi uma exigência de Efron, já que ele também não queria se separar dos filhos. Enfim, muitas coisas mudaram em seis meses, incluindo a minha separação temporário-definitiva de Efron. Voltar? Talvez. Quem sabe. Só o futuro nos diria.

-O que foi minha filha? –A peguei no colo e ajeitei seu cabelo loiro bagunçado. Ela colocou a mãozinha no queixo e com a boca entreaberta, me encarou.
 -É que... Bom... Não briga comigo ta? É que... Ai, papai... Não consigo. –Pulou do meu colo e foi correndo para os braços de Efron.
-Consegue sim filha! Olha, não é tão difícil. É só pedir pra ela. Não precisa ter medo, papai ta aqui. –Encarei os dois com cara de quem não estava entendendo nada, mas eu já imaginava o que eles iriam me pedir.
-Mamãe...
-Podem ir! Aproveite Efron, e leve o Greg. Ele está com saudade de você. Vocês não se vêem a quanto tempo? Quatro horas?
-A nossa ligação é forte Hudgens. É tipo, de pai pra filho. Né filha?
-Só se for de vocês dois, por que eu não gosto de jogar basquete nem ficar discutindo sobre futebol. –Não agüentei e tive que rir da carinha que ela fez.
-Bom, se divirtam! O Greg está com a mamãe em casa, passe lá pegar ele ok? Tenho algumas reuniões ainda hoje e talvez eu chegue tarde em casa, por isso mocinha, nada de ficar assistindo Discovery Kids até tarde com o seu irmão e sua tia por que amanhã dona moça, a senhora vai pra aula sim!
-Mais mamãe...
-Sem mais Amy! É cama por que amanhã tem aula! –Percebi que Efron nos olhava com doçura no olhar. Quase não consegui segurar o olhar, por que afinal, ele me deu meus filhos e serei grata para sempre. –E você senhor Efron, me espere chegar em casa. Temos alguns contratos para assinar.
-Sim senhora, senhora. Vamos capitã Amy?
-Sim senhor! Mister Super Pai! –Os dois saíram pela sala, Amy nos ombros de Efron.
-Uou! –Dylan entrou na sala. –Esses dois.. Estão indo tomar sorvete?
-Como sempre! Efron vai pegar Greg em casa.
-Como as coisas estão?
-Bem. Tenho meu lugar de novo, meus filhos.. Está tudo bem.
-Não estou falando disso... –Sentou na cadeira a minha frente.
-Olha, ele é um ótimo pai. Disso eu não posso reclamar, só que o am..
-Amor não é mesmo. Já ouvi isso outras vezes Vanessa. Bom, eu tenho um encontro e...
-Como assim “eu tenho um encontro”? Eu sou a última a saber das coisas como sempre né?
-Claro que não, na verdade, são apenas negócios.




Desculpem a demora gente... Estou muito ocupada. Espero que gostem (e que se alguém ainda lê, obrigada :)

Capítulo 31

Eu nem conseguia processar as informações de tanta emoção. Ter ela de volta depois de tanto tempo seria algo maravilhoso. E estava acontecendo e isso me dava uma certa esperança para o futuro. Enquanto esperava todos no saguão do hospital, um breve filme passou por minha cabeça. Desde quando ela chegou na minha casa com sua mãe e sua irmã. Eu ainda era muito novo para distinguir o que era amor, mas que eu sentia algo por ela, isso não posso negar. Depois, tudo que ela passou e sofreu por minha causa... Eu me sinto a pior criatura do mudo só de pensar em tudo. Perdido em meus pensamentos, nem percebi que Stella havia chegado com as crianças.
-Papai? –Greg disse vindo em minha direção com os passos em falso.
Amy e Greg já tinham aprendido a dar os primeiros passos há algumas semanas atrás, e como venho fazendo, gravei aquele momento para que Vanessa pudesse vê-los assim que acordasse.
-Oh meu filho... –Me levantei e fui até ele. O peguei no colo e o choro foi inevitável. –A mamãe filho, ela está acordando! Ela está voltando para nós!
(1 mês depois...)
A alegria tinha voltado a reinar. Vanessa respondia super bem aos tratamentos e aos poucos, seus movimentos iam voltando. Como ela tinha ficado muito tempo sem se mover, os movimentos eram falhos. Mas com as fisioterapias, ela estava voltando ao normal. Ainda se acostumando com a nova vida e com os bebes, mal tínhamos tido tempo para conversar sobre tudo o que aconteceu.

(Narração – Vanessa)


Na minha cabeça, eu tinha apenas dormido uma única noite. Mas ao contrario disso, meus filhos já estavam com um ano de idade. Confesso que quando acordei e os vi, me assustei. Mas os dois lembram muito o Zac e isso me deu a certeza de que eu tinha dormindo muito mais tempo do que imaginei. Mas eles eram lindos...
(Natal passado)

Amy, loirinha como o pai. Greg, moreninho, mas muito parecido com o Zac.
Aos poucos eu estava me adaptando com minha nova vida de filhos, médico toda semana, fisioterapia, e a necessidade de ter minha liberdade de volta. Eu estava bem e sentia isso, mas todos a minha volta me sufocavam até por acharem que eu necessito de atendimento 24 horas por dia. Eles não vêem que eu tenho dois bebes e que eles precisam de muito mais atendimento do que eu mesma? Eu entendo a preocupação deles e reconheço que eu poderia estar morta agora. Mas eu tenho dois filhos, e mesmo estando em coma, lutaria por eles até o fim.
Era um final de tarde. Estava sentada observando Amy e Greg brincarem na varanda e estava com o meu pensamento longe quando senti alguém me abraçando. Quando notei que eram braços fortes, já descobri quem era.
-Eles lembram muito você. Principalmente o Greg...
-Eles lembram você isso sim. Arrisco até em dizer que eles não tem nada de mim... São muito mais parecidos com você do que comigo mesma que carreguei eles por nove meses. –Rimos descontraídos. Zac sentou ao meu lado.
-Você não faz idéia de quanto senti sua falta. –Agora seus olhos começaram a se encher de lágrimas. –Pra você, pode ter parecido apenas uma noite. Mas para mim foi uma eternidade. A cada dia, eu tinha que encontrar novas forças para agüentar a pressão e saber que eu teria que criar os nossos filhos sozinho. Eu realmente não sei de onde eu tirei tanta força e estrutura para agüentar tudo isso. –Ele já não continha o choro.
O puxei para mais perto e o abracei fortemente. Apesar de tudo, eu nunca saberei como foi esse longo tempo. E o admiro por todo o sofrimento e dor. Mas mesmo assim, antes dos bebes nascerem, eu mesma havia dito a ele que a amizade era a única coisa que eu poderia oferecer. Para ele se passou um ano, mas para mim ainda continuava da mesma forma. Eu entendo que ele sofreu, mais e eu? E tudo que eu passei? Toda a humilhação e sofrimento? O tempo que passei sozinha no inicio da gravidez? Tudo isso não conta também?  Eu sofri muito. Chorei calada e se duvidasse, ele nem saberia que tem dois filhos. Pode até parecer mesquinho da minha parte, mas eu não quero sofrer de novo. Não agora, que tenho dois filhos. Eu ainda tenho essa ferida aberta dentro de mim, e apenas o tempo poderá curá-la. Certa disso, o afastei.
-Que foi? –Perguntou em meio ao pranto.
-Nada. Só acho que preciso de um tempo para colocar meus pensamentos no lugar. Sabe, muita coisa ficou sem resposta e eu pretendo encontrá-las sozinha. Não me interprete mal, eu só quero um tempo pra raciocinar tudo isso. –Me ajeitei no sofá e comecei a olhar fixamente para os bebes.
-Tempo? –O choro foi cessando e a raiva foi o tomando conta.Quando percebi que ele começava a se alterar, olhei-o novamente.  –Eu te esperei por um ano Vanessa, e agora você vem me pedir tempo? Olhe para eles! –Apontou para Greg e Amy. –Quando eles mais precisaram de você, você estava em coma e eu tive que os auxiliar mesmo sem ter forças e agora você me pede um tempo? Pra que? Pra correr atrás do Hoffman e viver um romance com ele? Fazer o que você queria ter feito antes do nascimento dos nossos filhos?
-Você está me magoando Zac... –Pequenas lagrimas começaram a querer brotar de meus olhos.
-Te magoando? Você consegue ter menção das palavras que você acabou de dizer? O tempo que te esperei não valeu de nada? –Fiquei em silêncio. –Hein Vanessa? Não valeu de nada? –Agora ele estava quase gritando. Greg e Amy se assustaram com o tom de voz do pai.
Eu não consegui responder. Só levantei, peguei Amy e Greg no colo e sai correndo casa a dentro. Mamãe e Stella já estavam a caminho da varanda para ver o que estava acontecendo quando passei por elas correndo. Subi rapidamente as escadas e me tranquei em meu quarto. Soltei os bebes no chão e me afundei na cama. Quando na verdade deveria dar auxilio a eles, eles que vieram até mim. Pediram minha ajuda para subir na cama e os ajudei. Greg me olhou fixamente como se quisesse saber o que estava acontecendo. Apenas os abracei e acabamos pegando no sono.

(Narração –Zac )

Como depois de tudo ele tem coragem de dizer que precisa de um tempo? Eu a esperei! Será que ela não consegue ver isso?
-O que aconteceu Zac? –Gina sentou ao meu lado com uma feição de preocupada.
-Nada. –Respondi grosseiramente. Me levantei e fui em direção a porta da frente.
-Aonde você pensa que vai Efron? –Stella tentou me impedir.
-E quem você pensa que é pra me interrogar sobre a minha vida?
-Eu? Eu sou a tia dos seus filhos e irmã da sua mulher. Acho que pelo menos mereço um pouco de respeito não acha?
-Respeito não se merece, se conquista. E a sua irmã acabou de perdê-lo. –A deixei falando sozinha.
Entrei no meu carro e apenas quis sair dali. Dirigi para longe até chegar no aeroporto. Parei e pensei se isso era o certo. Mas, aquela altura, já não pensava por mim mesmo.  Comprei uma passagem para a Itália. E sem malas, embarquei.
(5 horas depois...)
Desembarquei em minha cidade. Procurei meu celular e disquei os números que eu ainda sabia de cor.
-Alô?
-Mamãe?
-Filho! Como está? Como meus netos estão? Co...
-Mamãe! Calma! Uma pergunta de cada vez. Quer dizer, antes de tudo, eu preciso que você venha me buscar no aeroporto. Estou sem meu carro e não estou a fim de conversar com esses taxistas.
-Claro meu filho! Já estou a caminho!
Enquanto esperava minha mãe, pensei em tudo. Talvez seria uma loucura o que eu estava prestes a fazer, mas depois de tanto tempo que a esperei, aguardando a cada dia que passava uma nova chance de vê-la acordada e quando ela finalmente acorda, me descarta? Como se eu realmente fosse uma carta fora do baralho e que não fizesse parte daquela família? Os filhos também são meus. E se eu não posso tê-la novamente, pelo menos os meus filhos, eu quero. E vou lutar por eles até o fim.





Ainn gentei! Eu queria pedir desculpas pela demora... Estou em época de vestibular! Tenho que conciliar estudos, família, namorado... Tudo junto! Espero que alguém leia ainda.. :/// Bom, vou postar com mais frequência (espero.. Se alguém ler ainda ://) Bejo bejo.

Capítulo 30


(8 meses depois...)

-Bom dia! –Entrei na sala com Greg e Amy no colo.
-Bom dia Efron. –Stella respondeu indiferente.
-Mal humor...
-E se for? –Pegou Amy do meu colo. –Vou sair com eles hoje. Iremos ao parque.
-E desde quando eu deixei?
-E desde quando você pensa que tem poder sobre eles? Você é apenas o pai deles, mais quem vai passear e compra roupinhas pra eles? Quem? Quem? Eu. Então não se meta. –Tomou um último gole de suco. –Coloca o Greg no meu carro que já estamos saindo. E por favor, faça a barba que a sua aparência está horrível. –Saiu da cozinha e se encaminhou pra sala onde deitou Amy e começou a trocá-la.
Coloquei Greg no chão para brincar enquanto ela fazia o serviço em Amy. Sentei no sofá e a encarei.

-Não está tão ruim assim...
-Ah, claro que não. Está péssimo. –Jogou a fralda em minha mão. –Faça algo de útil Efron. E coloque o Gregory no carro. Já te pedi isso umas..
-Uma única vez Stella. Exagero em pessoal.
-Encosto em pessoa. Anda logo que estou com pressa.
Já havia se passado muito tempo desde o coma de Vanessa e tive que aprender a me virar sozinho. Sempre que minha mãe, Gina ou Stella podem, me ajudam com as crianças, mas todas as vezes que olho para Gregory, é como se estivesse vendo a minha pequena nos meus braços. Os dois se parecem muito. Ele tem todos os traços da mãe.
Mês passado os levei para conhecer a mãe deles pela primeira vez. Ela estava linda, como sempre. Amy logo ficou sentada na maca onde começou a acariciar o rosto de Vanessa. Gregory demorou um pouco para de acostumar, mas logo começou a fazer o mesmo que Amy. Todos que estavam presentes começaram a chorar, pois aquela cena realmente havia emocionado a todos.
A cada dia, as minhas esperanças de ter Vanessa de volta diminuem, pois já se passou quase um ano e ela não corresponde ao tratamento. Amo ela demais, pois ela me deu o melhor presente que poderia ter, mas às vezes, em minha cabeça, é como se nunca mais pudesse tocá-la, pudesse sentir o seu perfume, pudesse beijá-la...
Depois que Stella saiu com as crianças, fui até meu quarto e por segundos, pensei ter visto Vanessa lendo um livro na poltrona. Logo voltei ao mundo real: Dois berços, uma cama, e a poltrona vazia. A falta dela estava me corroendo por dentro. Logo meu celular começou a tocar. Era do hospital.
-Sr Efron?
-Sim.
-Aqui é Jolayne. Sou a secretaria do Dr Robert. Ele pediu para que o senhor viesse até o hospital que ele precisa falar com o senhor a respeito de sua esposa.
-Ah, sim. Claro. Já estou a caminho.
Desliguei o celular a rapidamente desci as escadas e me encaminhei para o hospital. A casa nova ligação, uma nova esperança crescia dentro de mim.

(Narração –Dr Robert)

No fundo do meu coração, tenho pena de Efron. Ele é um garoto tão jovem e já tem dois filhos. Vai além do meu potencial como médico trazer Vanessa de volta. O tempo que ela está passando no hospital só está acabando com ela. Devido às várias dosagens de remédios que estamos utilizando nela, ela está começando a formar uma toxidade no fígado. A mais de dez anos atuo na área da medicina e nunca vi um caso como esse. Uma garota que se negou a fazer cesariana, teve parto normal e rompeu as paredes internas no útero, perdeu 80% de sangue e ainda, se tentarmos acordá-la, ela corre o risco de ter uma parada cardiorrespiratória por estar fraca de mais. Se Efron realmente tem fé, ele terá de se apegar muito a ela, por que tentar reanimá-la, será uma atitude em vão.
Ele havia acabado de chegar quando recebi um telefonema da UTI.
-Doutor, precisamos do senhor agora no 380 da UTI.
-Mas este não é o quarto de Vanessa?
-Sim senhor, e pelo que parece ela está rejeitando a dosagem de sangue do dia.
-Já estou a caminho. –Sai correndo pelos corredores do hospital.
Quando cheguei no quarto, já haviam mobilizado uma equipe de médicos para tentar descobrir o que estava acontecendo com Vanessa.
-Saiam todos. –Ordenei.
Quando finalmente cheguei a Vanessa, estava vertendo sangue pelos canos. Era como se ela realmente tivesse fechado as comportas de suas veias.
-Desligue o aparelho de drenagem.
-Mas doutor.
-Agora! –Ordenei. –Não vê que os batimentos dela estão aumentado?
Aos poucos, foi retornando ao normal. Senti que era a hora de tentar acordá-la.
-Vamos desligar todos os aparelhos. Acho que já passou da hora de te acordar Vanessa.
-Estamos correndo o risco de perdê-la doutor.
-Na situação que nos encontramos, tudo se ganha, nada se perde. Desligue os aparelhos.
Os aparelhos já haviam sido desligados e milagrosamente os olhos dela começaram a se abrir. Foi um momento de grande festa para todos. Ela ainda não falava e mal piscava os olhos, mais aquilo sim foi um grande milagre.
Ordenei as enfermeiras que tirassem aquela roupa de hospital dela por que em breve, ela voltaria para casa.
Fiquei radiante com aquela cena. O sorriso era visível em meu rosto. Apenas imaginando qual seria a reação da família, encontrei Efron andando de um lado para o outro no corredor.
-O que aconteceu doutor?
-Por favor Efron, entre! –Abri a porta de um dos consultórios. –Você sabe que na área em que atuo, não acreditamos em milagres. Acreditamos em estatísticas, exames... Enfim, no que me de uma prova concreta. Só que, agora, eu acabei de presenciar um fato milagroso.
-Como assim doutor? Não estou entendendo nada.
-Bom, eu havia te chamado aqui por que eu realmente desistiria do caso de Vanessa e ordenaria que fossem desligados os aparelhos que ainda a mantinham viva. Só que no exato momento em você chegou eu recebi uma ligação da UTI, onde as enfermeiras me disseram que as transfusões estavam sendo rejeitadas por ela. Os aparelhos foram desligados e milagrosamente, os olhos dela começaram a se abrir e...
-Espera. Espera. O senhor está me dizendo que...
-A nossa Vanessa finalmente acordou.





FINALMENTE a nossa V acordou! Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeew agora, grandes emoções estão por vir! Desculpem pela demora e pelo tamanho do capítulo ok? O próximo vai ser bem grande :)))



XxXx

Capítulo 29


Dylan precisou segurar o braço de Zac para que ele não pulasse em cima de Hoffman e terminasse de arrebentar a cara dele.
-Saia daqui! Você não é bem-vindo! –Ordenei.
Com o olho roxo, Hoffman se levantou.
-Eu vou, mais não pensem vocês que eu não vou voltar. –Virou as costas e sumiu pelos corredores.
-Calma Zac. Esse aí não vai muito longe. Deixe ele de lado, em respeito à Vanessa, e em respeito aos seus filhos também. 
Depois do acontecido, Zac ficou o tempo todo com os bebes. Gregory e Amy já haviam recebido alta e poderiam ir para casa, mas Zac preferiu deixá-los no hospital por mais algum tempo, já que precisavam de leite materno. Ashley havia voltado algumas horas depois e mandou Zac para casa, que por sua vez estava com uma expressão horrível.
-Vai Zac. Eu fico aqui e qualquer coisa eu te aviso!
-Mas...
-Sem mais! Você precisa dormir! Relaxe, aqui tanto a Nessa quanto os bebês estão muito bem cuidados.
-Mais me promete que você vai me ligar!
-Eu vou te ligar... –O empurrou até a porta. –Vê se dorme!
Todos já tinham ido embora e já se passava das duas da manhã. Eu prometi a todos que se alguma coisa acontecesse, eu ligava, mais que essa noite era uma noite só minha e dos meus sobrinhos. Enquanto Greg dormia feito um anjo, Amy chorava feito uma condenada.
-Ei pequena... –A peguei no colo. –Xiu... Pronto, pronto. –Comecei a balançar a todo vapor, até que devagar ela foi pegando no sono.
Tentei a colocar no berço, mas começava o berreiro. Então, acabei por ficar com ela nos braços até de manhã. Ela era tão perfeita! Mal sabia que poderia crescer sem mãe... Claro que ajudaríamos o Zac no que ele precisasse, mas mesmo assim a falta de uma mãe é algo inexplicável.
Por volta das quatro da manhã, quando eu e Amy havíamos pegado no sono, senti meu celular vibrando. Levei um susto e quase que a acordei, mas com bastante cuidado, peguei o celular com a ponta dos dedos e quando vi no visor quem era, tive vontade de matar a pessoa.
-Escuta, eu não disse que se acontecesse alguma coisa eu te ligava? –Procurei falar em um tom que não acordasse Amy.
-Eu...
-Você deveria estar dormindo, que era o que eu estava tentando fazer até você me ligar perturbando o meu sono. Os seus filhos estão bem e está tudo ótimo. Mais alguma coisa?
-Não.
-Ótimo. –Desliguei o celular e o joguei em cima da cômoda.
Fechei meus olhos e tentei dormir mais um pouco, mas quando me dei conta já se passava das nove da manhã. Ninguém tinha chegado ainda. Eu não conseguia sentir meus braços, acho que ter dormido com a Amy não foi uma boa idéia. Coloquei-a no berço e ainda bem que ela não começou a chorar. Fui até o banheiro e dei uma lavada no rosto, que estava péssimo por sinal. Foi quando lentamente ouvi a porta sendo aberta. Dei uma espiada pela fresta da porta. Zac. Nem gastei meu tempo de ir cumprimentá-lo. Terminei de me lavar. Depois, passei reto por ele.
-Nossa, bom dia pra você também Teodora.
-Não me chame desse jeito! Você sabe que eu odeio! E fique sabendo você que o meu dia de ser solidaria já se foi.
-Pelo visto está de mal humor.
-Você queria que eu estivesse sorrindo depois de ser acordada as quatro da manhã? Me poupe Zac Efron! Me poupe! –Sai do quarto e ainda bati a porta.

(Narração –Zac)

Eu sabia que a bondade da Stella não ia durar muito tempo, mas seria melhor ela ir pra casa, tomar um banho e dormir mais um pouco.
Por volta do meio-dia, a enfermeira veio até quarto para dar de comer a Amy e Gregory.
-Bom dia senhor Efron. –Entrou cautelosamente no quarto.
-Bom dia. –Respondi.
-Se o senhor me permite, preciso trocar Amy. –Apontou para a pequena em meu colo.
-Ah, tudo bem! –A entreguei. –Alguma novidade de Vanessa?
-Os médicos estão investigando uma forma de poder acordá-la sem que a senhora Hudgens venha a óbito. Mas as chances ainda são pequenas. Eu sinto muito...
-Tudo bem. Eu já esperava por essa noticia. Mas eu gostaria de trocar um ou duas palavras com o Dr Robert. Tem como?
-Claro! Vou anunciá-lo. –Pegou o telefone do quarto e discou um ramal. –Doutor, o senhor Efron deseja falar com o senhor.
-Ele está sozinho?
-Sim senhor!
-Estou indo! –Desligou.
-Ele está vindo! –Começou a trocar Amy. –Uau...
-O que foi? Aconteceu alguma coisa? Ela está bem?
-Se acalme senhor Efron! Está tudo bem sim! Mas às vezes, quando acontecem casos como esse aqui no hospital que os bebes tem a ausência da mãe, nós fazemos esses procedimento e dar leite natural a eles. E parece que a pequena aqui reagiu bem. –Se referindo as fezes de Amy. –Geralmente, é mais molinho, mas o dela está durinho! O senhor não precisará se preocupar com problemas intestinais. Pelo menos não com ela.
-E isso é uma coisa boa?
-Claro que sim! Bebes com problemas intestinais são casos sérios! Mas não se preocupe, seus bebes são saudáveis!
-Com licença. –O doutor Robert entrou no quarto. O cumprimentei com um aperto de mão. –Temos novidades sobre o caso de sua esposa Efron!
-Mais que ótimo!
-Sente-se. Bom, pode ser que o processo seja um pouco demorado. Na verdade, vai depender da reação de Vanessa segundo os medicamentos e as transfusões. Basicamente, o que iremos fazer será aplicar dozes fortes de insulina para que o nível de açúcar no sangue dela aumente e desse meio tempo, iremos fazer as transfusões diárias. Mas foi como eu te disse, pode demorar um pouco.
-E o senhor tem uma idéia de quanto tempo?
-Foi como eu disse, vai depender da reação dela! Pode demorar um mês como também pode demorar um ano.
-E o que podemos fazer agora?
-Bom, primeiramente temos que achar de duas a três pessoas que tenha o mesmo tipo de sangue que ela, e depois é só começar as transfusões.
-Podemos começar por mim.






Estou de volta! =))) Espero que vocês ainda gostem das minhas histórias! Desculpa gente :ccc De coração, é que a minha vida está muuuito corrida! Estou trabalhando, fazendo curso, estudando, atualizando o ZNBR e ainda tenho que ter tempo pra família! Então não está sendo fácil, mas espero que vocês me entendam! Prometo que não vou demorar tanto assim mais!


Aah, pra quem ainda não conhece o Zanessa Brasil, entrem lá! É meu e da Mary! A gente esta carregando ele juntas há algum tempo! Pra quem ainda não conhece o nosso trabalho e pra quem conhece também, dá uma chegadinha lá! Estamos cheios de novidades e notícias diárias sobre o nosso casal predileto!
Bom gente, é isso! O capítulo está curto, eu sei! Mais no próximo vamos ter grandes surpresas! Fiquem ligados! 10 comentários pro próximo capítulo!

xx,

V


Capítulo 28


Todos saíram muito abalados da sala. Apesar de as pequenas joias raras estarem bem, e com bastante saúde, o quadro de Vanessa deixou todos muito abalados.
(Narração –Zac)
Apesar de tudo, eu sei que foi escolha dela. A minha Nessa está em coma por escolha dela. Mas e se ela nunca mais voltar? Como eu vou criar os nossos filhos? Eu não tenho chão sem ela. Aquele sorriso lindo de manhã, ouvi-la cantarolando pela casa. Saber que ela estava ali, mesmo sem falar nada. Apenas com olhares, entendíamos tudo. Eu entendo e tenho plena convicção, de que Ela ira voltar para mim. Talvez, tudo isso seja apenas um teste. A minha princesa vai voltar para mim. Eu tenho certeza.
-Senhor Efron? –Uma enfermeira interrompeu meus pensamentos.
-Sim?
-O senhor não deseja ver seus filhos? Eles já estão prontos.
Nossa, meus filhos. Ainda tenho que acostumar com a ideia de ser pai.
-Claro. Com certeza. –Me levantei.
-Siga-me.
A enfermeira me conduziu até o quarto que havíamos reservado a Vanessa. Quando entrei, me deparei com dois berços, e com ambos bebes dormindo em um sono pleno.
-Vou deixá-los a sós. –E saiu fechando a porta vagarosamente.
Como pode duas crianças terem nascido tão lindas? Como pode dois seres tão graciosos serem meus filhos? A beleza, e a calma foram dons herdados por Vanessa. Peguei Gregory no colo. Lindo! Amy dormia tranquila.


Meus filhos. Coloquei o pequeno Gregory no berço e voltei o olhar para a minha doce Amy. Tão linda. Tão graciosa. Minha Nessa acertou no nome. Ela é um amor.
-Será que posso conhecer meus afiliados?
Olhei para trás, e encontrei o sorriso de Ashley me observando. Ela veio até mim, e nos abraçamos.
-Acredite Zac, você não teve culpa. Sabe como a nossa Nessa é. Tudo a maneira dela. –Disse com a voz embargada pelo choro. Nos separamos.
-Mas veja só que coisinhas mais lindas. A cara da madrinha.
-De jeito nenhum. São a cara do pai. Ela não fez os filhos sozinha.
-Vocês fizeram um bom trabalho Zac. Você tem é que se orgulhar. Olha que crianças lindas? Logo logo a nossa Nessa estará com agente de novo. Olha –Pegou nos pezinhos de Amy. –Olha que pezinho mais pequeninos? Vamos Zac, preciso tirar uma foto para mostrar a Nessa o quão pequeno era os pezinhos da filhinha dela. Segura os pezinhos dela.
-Ficou linda papai. –Sorriu e me mostrou a foto.

-Bom, eu vou indo. O Scott quer me ver... –Limpou uma lagrima. –Qualquer coisa você me liga?
-Ligo sim. –Nos despedimos.
-Cuida bem deles. Com certeza, Nessa está orgulhosa de você. Quer que eu diga para as vovós entrarem?
-Ah, sim. Claro. Elas com certeza querem conhecer os netinhos. –Sorri e voltei o olhar para os bebes.

(Narração –Ashley)

Sai tão desolada daquele quarto. Imagina? Perder a minha melhor amiga e ainda, ter que ver o amor da vida dela criando os filhos deles sozinho? Isso não pode ser real. Fui até a recepção do hospital, e procurei saber mais informações sobre a minha amiga.
-Oi, é... Eu sou amiga da paciente Vanessa Hudgens, será que você poderia me informar o número do quarto dela?
-Desculpe mais ela está em uma área onde só pessoas autorizadas podem entrar.
-Ela tá na UTI não é? Apenas uma pessoa por vez, então, eu serei essa pessoa. Por favor, só me informe o número do quarto dela. Meu nome é Ashley Tisdale. Eu não preciso de mais de 15 minutos.
-Só um momento. –Pegou o telefone e discou alguns números. –Doutor Robert, eu estou aqui com uma moça que se identifica como Ashley Tisdale, e ela gostaria de visitar a amiga Vanessa Anne Hudgens que está na UTI, eu posso autorizar a entrada dela?
-Essa menina... É uma loira?
-Sim doutor.
-Se não a deixarmos entrar, ela nos trará problemas, então, autorize a entrada. Mas com todos os procedimentos que são necessários, e apenas 30 minutos. Nada além disso.
-Ok doutor, irei conduzi-la então. –Colocou o telefone no gancho. –O doutor Robert autorizou a sua entrada, mas apenas por 30 minutos.
-Ótimo. É tudo que eu preciso. E, qual é o quarto dela?
-Desculpe senhorita Tisdale, mais antes de entrar na ala onde a senhorita Hudgens está, é preciso tomar alguns cuidados e passar por alguns procedimentos antes. –Ela saiu de detrás do balcão e saiu andando. Fui atrás dela. –Bom, aonde a senhorita Hudgens está, é considerado uma área de risco. Ela está em uma sala solitária, mas para que seja evitado futuros problemas, a senhorita dele lavar muito bem as mãos e colocar essa mascara e avental. –Me entregou as duas peças depois de tirá-las de um armário. –Também peço para que deixe suas joias em sua bolsa e a guarde aqui. –Abriu a porta de um armário, onde ficava perto do corredor onde continha uma porta de plástico vaivém que dava acesso a UTI.



-Bom, a senhorita entrará por essa porta e seguirá o corredor até chegar a uma porta onde estará escrito “Ala Proibida – Acesso somente a pessoas permitidas”, e lá estará a sua amiga. Lembre-se que a senhorita só tem 30 minutos.
-Obrigado. –A moça se virou e voltou aos seus afazeres.
Procurei por um banheiro e lavei as mãos como foi dito. Deixei minhas coisas no armário, o tranquei, coloquei a chave em meu bolso, respirei fundo e comecei a andar por aqueles corredores. Eu teria que encontrar Scott, é verdade, mais minha amiga precisava de mim, então ele teria de esperar. Passei pela porta, e segui exatamente as coordenadas da jovem secretaria. Andar por aquele lugar aterrorizante me deu um certo medo. Só de pensar que a minha amiga, a minha Nessa estaria dentro de uma daquelas salas, repirando e comendo por aparelhos, me deu um arrepio enorme. Sempre a vi tão alegre, tão contente, que seria difícil vê-la em cima de uma cama sem poder se mover.
Encontrei a porta. No momento em que fui abri-la, uma enfermeira foi mais rápida.
-Pois não? Posso ajuda-la?
-Sim. Claro, estou à procura do quarto de Vanessa Hudgens.
-Ah sim, a mocinha que deu a luz a gêmeos. Corajosa ela. Venha, eu te levo até lá. –Caminhamos por mais alguns corredores, até que chegamos à porta com o nome de Vanessa estampado na porta. –É aqui. A senhorita tem 30 minutos.
Por céus, quantas vezes mais eu ouviria que teria somente mais 30 minutos? Hello? A minha amiga não tem nenhuma doença contagiosa okay?
-Tudo bem. –Não fui grossa com a moça, afinal, ela só estava fazendo o trabalho dela.
Tomei corajem e abri a porta de vagar. Encontrei a minha amiga, minha pequena ligada a vários fios que passavam de maquina em maquina. Me aproximei e já não consegui conter minhas lagrimas. Peguei a pequena mão com fios e aparelhos entre os dedos.
-Nessa... –Coloquei uma mecha de seu cabelo para trás. –Minha amiga, minha companheira, minha princesa... Seus filhos são lindos amiga. São graciosos como você. Eu sei que de alguma forma, você está me ouvindo. Então, volta pra gente amiga. Eu preciso de você. –Cheguei bem perto do ouvi dela. –Eu preciso de você amiga. –Sussurrei. Apoiei minha cabeça na mão dela e chorei descompensadamente.
Vinte minutos haviam se passado. Eu ainda estava ali, chorando. Dói saber que a minha amiga estava ali, mais não falava, não correspondia a nenhum dos estímulos. Nada. Apenas a respiração cansada. A beijei a testa e sai, pois já havia se esgotado meu tempo.

(Narração –Stella)

Estávamos sentados em uma sala que foi reservada para os familiares. Aos poucos, tios, primos e amigos de Zac e de Nessa foram chegando. Tão pouco já havia quase 100 pessoas naquela sala. Dylan estranhamente havia se achegado. Crescemos juntos, mas nunca tivemos aquele “laço” familiar que nem ele tinha com a minha irmã. Mas com certeza aquele não era o momento para esclarecer duvidas tão intimas que ficariam entre mim e mim mesma e no máximo, entre eu e Vanessa.
-Eu acho que eu vou pegar um café. –Disse a Dylan que estava com a cabeça encostada na parede tentando dormir.
-É... –Bocejou. –Acho que eu também vou.
Cruzamos nossos braços, passamos pela recepção e fomos e direção a maquina de café expresso. Enquanto o café era feito, Dylan bocejou mais umas três vezes.
-Tem certeza de que não quer ir pra casa dormir? Não teremos mais noticias por hoje.
-Agente... –Bocejou de novo. –Nunca sabe. Vou ficar aqui, até por que, ainda não vi meus afiliados.
-Então, senta e dorme, por que o tanto de gente que tem aqui pra ver essas crianças... Eu que sou tia acho que só vou conseguir ver amanhã. –Tomei um gole do café.
Enquanto Dylan fazia o dele, virei para o corredor e vi Zac vindo em nossa direção cabisbaixo, com as mãos no bolso e bocejando também.
-Olha só...  –Bocejou. –O papai Efron tá na área.
-Oi. –Disse com a voz embargada pelo choro e com os olhos avermelhados.
-Vêm! –Abri os braços para ele.
Eu sabia que apenas um abraço era tudo o que ele precisava. Todos estavam muito abalados, mas acredito que ele estivesse mais do que todos.
-Eu sei que não chega nem perto do abraço da Nessa, e sei também que você queria sentir o... Enjoante cheiro do Pink Sugar dela, mas eu tenho certeza de que logo ela estará aqui para matarmos as saudades. –Olhei pra ele que já derramava lagrimas com um disfarçado sorriso escondido. Beijei seu rosto e voltamos a nos abraçar.
-Eu não sei se eu vou conseguir Stell... –Disse com a voz abafada pelo choro.
-Vai sim! –Separei ele de mim. –Olha, você é um pai perfeito Zac. Eu e você temos as nossas indiferenças, mas você tem que entender, que com ou sem a minha irmã, você terá que ensinar aos seus filhos, tudo o que eles precisam saber. Como serem boas crianças. Como serem como os pais deles.
Nos assustamos com o barulhos das portas se abrindo bruscamente.
-Espera, aquele não é o Hoffman? –Perguntei a Efron.
-É ele sim.
-“EU QUERO SABER DELA! CADÊ? CADÊ O DESGRAÇADO DO EFRON?” –Gritava para a balconista que tentava acalmar ele. –“VOCÊ!” –Saiu correndo da recepção e veio em nossa direção.
Do jeito que ele veio, já puxou o braço e deu um soco no rosto de Zac, que na hora respondeu na mesma moeda, só que o dele foi tão forte, que fez com que Hoffman caísse no chão.
-Calma Zac! –Dylan pegou ele pelo braço.
-Ei... –Dei dois tapas de leve na cara dele, que tinha ficado meio desacordado. –Qual foi a sua?
-Esse desgraçado, lazarento, fez com que a minha princesa entrasse em coma. Você merece coisa pior Zac Efron. Se ela não voltar, se sinta culpado pelo resto da vida.









Bom Girls, é isso! Fiquei muito feliz por terem comentado no capítulo anterior! Que bom que gostaram! E ai? O Hoffman tava sumido né? Agora ele voltou! E já deu pra ver que não está de brincadeira. Bom, é isso! 8 comentários para o próximo capítulo!


Bessos!
Amo vocês!
Fiquem com Deus!


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