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V
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(Cap 26)
4 meses depois...
Me lembro do dia em que fiquei sabendo que estava grávida como se
fosse ontem. Estou completando exatos nove meses. Os médicos disseram que eu não
aguentaria até o sétimo mês. E aqui estou. Não aguento nem andar direito, mais
quem disse que eu não conseguiria chegar até o fim, se enganou completamente.
Minha casa tem sido bem movimentada nos últimos dias. Ashley e as
garotas (Kim Higaldo, Laura New, Ashley Benson e Melody Darlene) acamparam aqui em casa. Disseram que
não poderiam perder esse momento por nada. E como a casa era grande, é claro que
manteria minhas amigas perto de mim. E nos últimos dias, elas andaram fazendo
algumas coisas meio... Inesperadas. Desenharam em minha barriga. Até que ficou bonitinho.
Elas falaram que foi em minha homenagem.
Essas garotas... São as minhas preciosas.
O grande dia estava chegando.
Os médicos disseram que provavelmente, os bebes nasceriam dia 18 de outubro, incrivelmente
na data de aniversário de Zac. Ele estava mais preocupado com essa data do que
os próprios médicos. Eles disseram que era um pouco exagerado da parte de Zac toda
aquela preocupação. Eles me chamaram de “gestante maravilhosa”. Durante toda a
gravidez, não tive problema algum, e que não seria agora que teria.
Starla ficou muito
feliz com a notícia de que seria avó. E ela, por sua vez, também se mudou para
a minha casa, juntamente com Dylan. E obviamente, comprou mais e mais
acessórios para os futuros netos.
Mês passado, quando fui
ao médico, Zac estava junto, pois seria um momento decisivo. Decidiríamos a
técnica que seria usada no parto. Se seria o parto normal, ou cesariana. O
tempo todo, tanto Zac quanto o resto da família inteira, insistiam na ideia de
que eu deveria fazer à cesariana. O médico disse que, diferente dos outros
casos, eu poderia sim ter os meus filhos normalmente. Eles estavam separados, e não haveria
problema em tirá-los de lá sem fazer à cirurgia.
Já estavam até na posição. Não sei por que todos estavam tão
preocupados. Enfim, eu teria meus filhos da forma como eu quisesse. Os médicos
autorizaram, e por que não? Sim, médicos. O excelentíssimo pai dos meus filhos
contratou não só um médico, mais sim quatro médicos. Bom, exageros do Zac a
parte, sem ninguém saber, eu assinei um termo autorizando os médicos a fazerem
o parto, mesmo que eu corresse riscos de entrar em coma e não voltar mais.
Claro, que como qualquer outro procedimento, um parto tem os seus riscos. E
tanto que para o meu caso, de gêmeos, eu teria de fazer à cesariana. Só que,
nada mais natural do que um parto normal.
Eu sabia dos riscos, e assumo todos eles. Por que eu sei, que mesmo
entrando em coma ou não, meus familiares, amigos e por que não Zac, cuidariam
muito bem dos meus filhos. Minha bisavó teve parto normal, minha avó teve parto
normal, minha mãe teve parto normal, e eu com certeza seguiria a tradição da
família, mesmo que isso custasse a minha vida. Sou completamente a favor de
partos humanizados. Cirurgia, agulhas, anestesia, gaze, bisturi... Simplesmente
não combinam comigo. Eu acho que as mulheres que fazem cesariana, arrumam só
uma forma de não sofrerem no parto, o que eu acho super normal. Mas se tenho
saúde, não vou ficar arrumando pretexto para não ter os bebes normalmente. Eles
vão nascer, independentemente da técnica que será usada.
Hoje,
17 de outubro, se iniciou as preparações para o nascimento dos futuros
herdeiros das famílias Efron & Hudgens. Zac, como sempre, correndo com
malas pra cima e pra baixo na casa. Todos arrumaram tudo. Não tive de me
preocupar com nada. Até a roupa dos recém-nascidos já haviam sido escolhidas. E
o dia passou rápido de mais. Quando me dei conta, já se passavam das oito da
noite. Estava sentada a beira da piscina com um copo de suco em mãos.
Todos estavam muito agitados na casa, mais logo o silencio reinou.
A noite seria de alerta, caso minha bolsa estourasse. De olhos fechados e com
fones de ouvido escutando “Listen” de Beyoncé, nem percebi que Zac havia se
aproximado e havia sentado ao meu lado. Só então, quando a música terminou,
ouvi um pigarreado ao meu lado. Abri os olhos, e encontrei as safiras me
encarando com ternura.
-Oh, Zac. Nem te vi chegando. –Me ajeitei na espreguiçadeira e
retirei os fones.
-Percebi. –Disse em um tom descontraído. –Então? Preparada para o
grande dia?
-Olha, eu acho que eu sou a mais calma de todos nessa casa. Vocês
estão tão preocupados com o nascimento dos bebes... –Arrumei o decote do
vestido. –Zac? –O encarei com seriedade.
-Sim? –Encontrou meu olhar com o mesmo sentimento.
-Sabe... Amanhã tudo pode mudar.
-Pra melhor. –Sorriu –Pra melhor Nessa.
-Sim. Claro. Mas ainda não escolhemos os nomes Zac.
-Eu pensei em alguns...
-Estou aberta a sugestões.
-Eu pensei em... Gregory. –Olhei para
seus olhos um pouco assustada. –Gregory David Alexander Hudgens.
-Por
que tirou o Efron?
-Pensei
que não gostaria do nome tão grande.
-Gregory
David Alexander Efron.
-Por
que tirou o Hudgens?
-Sobrenome
feminino. –Rimos –É melhor assim. Agora o da menina, eu pensei em... Amy.
-Gosto
desse nome. Amy. Significa amor.
-Significa
que Gregory cuidará de Amy. Será o vigilante da doçura dela. Amy Annabelle Kendall
Hudgens.
-Nossa...
Você teve bastante tempo pra bolar esse nome em? Mais eu gosto. Gosto de Amy.
Gosto de Annabelle. Gosto de Kendall. E gosto de Hudgens. E gosto mais ainda da
mãe dessa bebe linda que carregara o seu sobrenome. A mãe que carregou os meus
filhos por nove meses. –Acariciou minha barriga. –Eu te amo Nessa. –Se
aproximou e ficamos sustentando os rostos um no outro.
Senti
alguma coisa molhada em meu colo. Pensei que fosse o copo de suco que poderia
ter virado. Mais não. Olhei para baixo e o momento tão esperado havia chegado.
Olhei para Zac e vi o desespero repentino em seu olhar. Apenas peguei a barra
do vestido e tentei enxugar a água. Sim, minha bolsa havia estourado. Ótimo,
hora da correria. Zac entrou correndo dentro da casa e alarmou todos que
estavam lá dentro. De pronto, mamãe, Stella e Starla vieram correndo em minha
direção.
-Você
está bem meu bem? –Mamãe disse desesperada.
-Estou
mamãe.
-Claro
que não está né mãe. Ela está grávida. Prestes a dar a luz.
-Estou
sim Stella.
-Você
quer alguma coisa meu anjo? Uma água, um suco, talvez um sanduiche?
-Não
não Star. Eu estou bem. Alias, se acalmem gente. –Todos pararam o que estavam
fazendo e me olharam. –É serio. Se acalmem. Eu aguento mais algumas horas. Nem
comecei a ter contrações.
-Algumas
horas? Tá ficando maluca né mana? Você tá quase explodindo.
-Sem
contrações os bebes não nascem sabia? –Tentei fazer uma piada mais o momento
era de tensão entre elas.
-Mamãe? –Zac gritou do segundo andar da
casa.
-Sim
meu filho!?
-Cadê a bolsa que eu deixei aqui com os
documentos?
-Já
está no carro meu bem. Agora é só levar a nossa querida ao hospital. Você já
alertou os médicos?
-Sim. Eles já estão aguardando.
-Chegou
a hora Nessa! –Dylan veio todo empolgado e começou a arrastar a espreguiçadeira
para mais perto do carro que haviam alugado para levar todos ao hospital.
Zac e
Dylan me ajudaram a entrar no carro. Durante o percurso Ashley e as meninas
ligaram para todos os nossos amigos e parentes para dar a noticia. Zac segurou
minha mão o tempo todo. No meio do percurso, comecei a suar, e as primeiras
contrações começaram a aparecer. Mais mesmo assim, mantive o controle. Todos já
estavam tão apavorados. Não seria eu a piorar as coisas. Todos estavam
apreensivos. Um pequeno soluço que tivesse, era motivo de pânico. Peguei meu
celular, e comecei a digitar uma mensagem a Zac. E programei para que fosse
entregue em duas horas, que imaginava eu, que era o tempo estimado em que eu já
estivesse na sala de parto.
Quando
chegamos ao hospital central, duas enfermeiras seguravam uma maca para que
pudessem me levar até a ala central do hospital. O que recusei de pronto.
-Mais
senhora Hudgens, é preciso. –Uma das enfermeiras tentou me impedir de entrar no
hospital com minhas próprias pernas.
-Não,
não é. Eu ainda consigo andar com minhas próprias pernas, então só me
carregaram em uma maca, quando eu estiver inconsciente. Eu sei que esse é o seu
trabalho meu bem, mais acontece que eu tenho uma família de exagerados sabe?
Então, prefiro andar enquanto posso. –Sussurrei no ouvido da enfermeira.
-Eu
ouvi isso minha filha. –Mamãe disse logo atrás de mim.
(Cap 27)
Enfim,
conseguimos entrar no hospital. Tudo estava em seu lugar e em perfeito estado.
Um silêncio que foi quebrado com a entrada das famílias Hudgens & Efron em
massa na sala de espera do hospital. Fomos até o apartamento que havia sido
reservado, e por incrível que pareça, coube todos lá dentro. Fui até o
banheiro, e com a ajuda de Ashley, troquei meu vestido pelas roupas do
hospital. Logo as enfermeiras vieram e me envolveram com um aparelho que diziam
ser um medidor de contrações.
-Olá,
olá e olá! –Entrou um dos médicos da equipe de plantão. –Vejamos, temos aqui
uma família mais apavorada do que a própria gestante. –Disse em bom humor.
-Pois
é doutor. Até parece que são eles a gestante. –O riso na sala foi inevitável.
-Vejamos,
a nossa pequena aqui está de 42 semanas. Uau... –Disse o médico impressionado.
–Nunca vi uma gestante de gêmeos chegar à tão longe assim. Mas vejam bem
famílias, contração,
por exemplo, é um dos principais sinais de que a hora do nascimento do bebê, no
caso bebes, está próxima. É a evidência de que o trabalho de parto começou. Mas
é preciso saber diferenciar as contrações em latente e ativa. No caso de
Vanessa, já está latente. Percebam que a barriga dela já está em seu máximo, e
começou a endurecer. Isso significa que a hora é próxima. Mais não tanto. Vejo
que a bolsa se rompeu, mas ainda vai demorar um pouquinho para os bebes
nascerem. A contração ocorre para afinar o colo do útero e empurrar os bebês,
alargar o canal de parto e dilatar o colo. Algumas mulheres relatam dor, outras
não. Tudo depende do limiar de dor de cada uma, nesse caso, ela não sente
tantas dores, o que só melhora para ela. Para que um parto ocorra, precisa de
contrações com intervalos entre 2 ou 3 minutos. Vanessa ainda está com
intervalo de 10 minutos, ou seja, creio que ainda seja tardia a hora do parto.
Cerca de duas a três horas. Em quanto isso, colocaremos um soro com um
estimulante para diminuir o intervalo das contrações. E também, é super
fundamental que a paciente ande. Isso também aumentara a dilatação dela. Que
por enquanto, está com 4 de dilatação. Mas acredito que isso seja o menos
complicado. Já avisando aos familiares que caso tenha complicações durante o
parto, ele poderá levar de 3 a 4 horas. Dependendo da disposição e garra da gestante.
–Explicou o mais sereno possível, e todos ouviram atentamente. –Duvidas?
-Sim,
muitas. –Zac se manifestou em meio a todos.
-Suponho
que seja o pai dos bebes.
-Sim,
sou eu mesmo.
-Pois
bem, se me permite um elogio querida Vanessa, você é um homem de sorte. Tem uma
bela mulher ao seu lado que dentro de algumas horas, o presenteara com dois
anjos. Parabéns. –O estendeu a mão para que Zac o cumprimentasse, que de
instante correspondeu ao gesto. –Bom, estou aqui para respondê-las. Mas se me
permitem, preciso que abram espaço para que minhas enfermeiras entrem com o
carinho de soro. Vanessa, a partir de agora, é superimportante que você ande.
Então, utilize esse carinho para se movimentar pelo hospital. Ande pelos
corredores, encontre outras gestantes no mesmo caso, mas atenção: Assim que as
contrações diminuírem de intervalo de tempo e durarem entre 60 segundos, me
avise imediatamente, por que a tão esperada hora chegou. Ok?
-Sim
senhor. –Bati continência. –Permissão para sair andando pelo hospital capitão.
-Permissão
concedida major.
(Narração
–Zac)
Era
impressionante o censo de humor que Vanessa tinha com ela. Tirava sarro de tudo
e de todos. Assim que as enfermeiras a injetaram o soro, parece que foi um
estimulo para que as brincadeiras aumentassem, não para diminuir o tempo das
contrações. Andando pelos corredores junto a ela, Dylan, mamãe, Gina e Greg,
Vanessa fazia piadas de grávida, que nunca imaginei que existissem.
- A loira vai ao
ginecologista e o medico informa:
- Tenho uma boa notícia! Você esta esperando um bebê!
E a loira:
- Então fala para ele vir logo, pois hoje estou com pressa... –Não nos controlamos e rimos bem alto. –Ainda bem que a Ash não está por perto... Não, mais essa é a melhor: A mulher chega ao consultório médico com a filha de 17 anos.
— Doutor! A minha filha perdeu o apetite, não para de vomitar, vive sentindo tonturas... Por favor, veja o que a minha criança tem!
Depois de um rápido exame, o médico conclui:
— Minha senhora, a sua "criança" está esperando outra criança! Ela está grávida de dois meses!
— O quê? — grita a mãe, indignada — A minha menina nunca esteve sozinha com um homem! Né, filhota?
— Claro, mamãe! Eu sou virgem!
O médico vai até a janela e fica calado, olhando para o céu.
— O que o senhor está fazendo? — pergunta a garota, visivelmente nervosa.
— Da última vez que isso aconteceu, nasceu uma estrela no oriente e chegaram três Reis Magos. Desta vez, eu não quero perder o espetáculo. –Até as enfermeiras riram da piada.
- Tenho uma boa notícia! Você esta esperando um bebê!
E a loira:
- Então fala para ele vir logo, pois hoje estou com pressa... –Não nos controlamos e rimos bem alto. –Ainda bem que a Ash não está por perto... Não, mais essa é a melhor: A mulher chega ao consultório médico com a filha de 17 anos.
— Doutor! A minha filha perdeu o apetite, não para de vomitar, vive sentindo tonturas... Por favor, veja o que a minha criança tem!
Depois de um rápido exame, o médico conclui:
— Minha senhora, a sua "criança" está esperando outra criança! Ela está grávida de dois meses!
— O quê? — grita a mãe, indignada — A minha menina nunca esteve sozinha com um homem! Né, filhota?
— Claro, mamãe! Eu sou virgem!
O médico vai até a janela e fica calado, olhando para o céu.
— O que o senhor está fazendo? — pergunta a garota, visivelmente nervosa.
— Da última vez que isso aconteceu, nasceu uma estrela no oriente e chegaram três Reis Magos. Desta vez, eu não quero perder o espetáculo. –Até as enfermeiras riram da piada.
Já se
passavam de duas horas que estávamos andando pelos corredores do hospital,
ouvindo as piadas de Vanessa e encontrando outras gestantes que se encontravam
no mesmo estado que ela.
-Você
está esperando gêmeos? –Perguntou ela a uma moça de seus dezoito anos.
-Não...
É um só mesmo. Mais estou com medo.
-Por
quê? –Perguntou Vanessa curiosa.
-A minha
gravidez é de risco. Fiquei sabendo que meu marido é soro positivo, e meu bebe
também. E possivelmente, eu também seja portadora do vírus.
-Nossa,
eu sinto muito. –Disse com ternura a menina. –Mais que você consiga ter o seu
bebe.
-É o
que eu mais quero. Bom, boa sorte minha querida.
-Igualmente.
–Se despediu da menina e continuou a caminhar. –E ainda tem gente que reclama
da vida. Tadinha...
Continuamos
andando quando Vanessa segurou minha mão fortemente e disse. –Ai... –Presumi
que aquilo fosse uma contração, e logo me atentei para ver o tempo que durava.
60 segundos. Caso a próxima fosse em 2 ou 3 minutos, a hora havia chegado. Três
minutos depois, outra contração fortíssima. Soube então que o momento tão
esperado tinha chegado. Vanessa me olhou um pouco curvada, soltou um sorriso
encantador:
E disse:
-Chegou a hora meu
bem!
Naquele mesmo
instante, peguei uma cadeira de rodas que estava perto, e coloquei Vanessa
sentada, que suava muito e as mãos tremiam. Tentei manter a calma. Todos os familiares
foram acionados. Vanessa estava na sala de parto. O médico de plantão disse que
ela já estava com 8 de dilatação, e que até já podia ver a cabecinha de um dos
bebes. Mas ela teria que ter força. Por ordem dos médicos, não pude entrar na
sala de parto, o que me deixou um pouco nervoso. Assim que me sentei na sala de
espera que agora tinha em torno de 40 pessoas, contando com familiares e
amigos, e esse número ainda tinha de aumentar, recebi uma mensagem de Vanessa.
Como? Se ela estava em trabalho de parto? Me lembrei que no caminho para o
hospital, ela digitava uma mensagem. Com certeza deve ter programado. Sem mais,
abri a mensagem.
From: Nessa
“Eu sei que você deve
estar estranhando, por que agora provavelmente eu esteja em trabalho de parto,
mas, existem algumas coisas que eu não te expliquei, e que necessitam de uma
explicação. Zac? Entenda que quando eu não te disse que estava grávida, era por
que eu tinha medo de que você não me aceitasse. E também, agora isso já não faz
mais diferença, por que você se mostrou um ótimo pai. Eu sei que você sente
falta de quando estávamos juntos, e acredite, também sinto. Mas, algumas coisas
ainda estão meio confusas em minha mente e espero que você entenda. A
propósito, diga a meu pai que a escolha do nome do herdeiro da família, foi sua.
Talvez eu não esteja com vocês nos primeiros meses depois do nascimento dos
bebes. Entenda, foi minha escolha. Acima de tudo, saiba que eu sempre te amei
Zac. E sempre vou te amar. Nunca se esqueça disso. Cuide bem dos bebes...
Nossos filhos.
Com amor,
Sua Baby V para
sempre!”
Na hora, comecei a
chorar. Eu sabia muito bem do que Vanessa havia se referido. O médico me disse
que provavelmente ela teria uma grande perda de sangue, devido ao esforço que
ela fará. Dylan veio até mim, e me abraçou.
(Narração –Médico)
-Vamos minha querida,
já está quase saindo! –Minha ajudante disse a Vanessa que estava completamente
pálida, suando muito e apertando com toda a força as mãos dela.
-AAAAAARGHH...
–Vanessa gritou fazendo força. Respirou fundo e tentou mais uma vez.
-Robert? Talvez seja
a hora de inverter. –Sophia, uma das médicas disse em voz baixa.
-NÃO! –Vanessa
ordenou, e na mesma hora, puxou mais fôlego e fez uma força que todos na sala
ficaram impressionados.
Já se passavam de
duas horas de parto, e ainda apenas a pequena Amy havia saído com saúde. Com
3,250 quilos e com 50 centímetros. O pequeno Gregory não conseguia sair.
-Já posso ver a
cabeça do mais novo herdeiro da família. –Vanessa soltou um sorriso abafado e
cansado.
-Doutor... –Disse
quase sem voz o puxando pela mão. –Quero ver... Minha filha. –Disse ofegante.
-Claro, claro!
Clarisse? Me traga a pequena Amy.
De pronto, a
enfermeira trouxe a pequena bebe envolvida em um pano do hospital e ainda um
pouco suja de sangue. Vanessa se inclinou e beijo a testa da filha. Uma lagrima
correu por seus olhos ao ver que mesmo pequenina, já se parecia com o pai. Com
alguns cachos loiros e um rosto angelical. Sem ao menos um único choro.
Clarisse levou a pequena Amy de volta a antessala.
-Vamos lá Vanessa.
Não desista agora. Gregory já está chegando!
-AAAAAAAAGRH –Já sem
forças, Vanessa deu o seu ultimo grito, e o lindo bebe Gregory chegou ao mundo.
-Um lindo meninão
Vanessa. –O levei até ela todo ensanguentado. Vanessa deixou as lagrimas caírem
sem sessão. Apenas encostou os lábios na testa do menino, e caiu pálida com a
cabeça no travesseiro.
-Eu disse que não
deveríamos ter feito normal Robert! –Disse Suzan pegando algumas gazes e
tentando estancar o sangue que jorrava pelas pernas de Vanessa.
-Santo Deus! –Fui até
ela, e tentei a ajudar. Entreguei o menino à enfermeira.
Os bebes já tinham
nascido agora era uma luta contra o tempo para salvar à vida da mãe deles. Como
já era esperado, Vanessa teve um sangramento fortíssimo devido ao excesso de
força que ela havia feito, e provavelmente, deveria ter rompido algum vaso
importante dentro dela. A placenta enfim saiu, e mesmo assim, ainda continuava
a jorrar sangue.
-Doutor, a pressão
dela está caindo rápido de mais. –A enfermeira disse tentando aumentar a dose
do soro que entrava pelas veias de Vanessa.
-Não podemos perder a
paciente. –Fui até Vanessa e comecei a comprimir seu peito.
-Consegui. –Suzan
disse saindo de detrás do portal azul. –O sangramento está estancado. MEU DEUS!
–Suzan se assuntou assim como eu com o barulho aterrorizador do monitor
multiparametrico, indicando que o coração de Vanessa havia parado. De 120
batimentos, caiu para 5, até chegar em 0.
-ME TRAGAM O CARRINHO
DE REANIMAÇÃO! AGORA! –Gritei nos corredores, que de pronto estava lá. As
enfermeiras faziam massagem cardíaca para tentar reanimar Vanessa. –AFASTEM-SE.
–Ordenei com o aparelho em mãos.
Dei o primeiro
choque. Continuou em zero. Tentei mais uma vez, e nada. Não poderia perder
Vanessa. Não tão nova, com a vida inteira pela frente, e ainda com dois bebes
para criar. Aumentei a potencia ao máximo, e pedi a Deus para que dessa vez
funcionasse.
-AFASTEM-SE. –Ordenei
novamente.
E os batimentos, aos
poucos, foram se estabilizando novamente. Todos na sala bateram palmas. Sempre
que isso acontece, é motivo de alegria a todos.
-Levem-na para a UTI
e a mantenha sobre efeito de remédios. –Tirei as luvas ensanguentadas, joguei
ao lixo e fui até aonde os bebes estavam.
-Aqui estão doutor.
Gêmeos bivitelinos. Tão diferentes e tão parecidos ao mesmo tempo. Eles
acabaram de espirrar juntos. –Disse a enfermeira um pouco emocionada.
-Realmente são
lindos. Bom, vamos ao que interessa. Eu quero o relatório de horário de
nascimento dos bebes, altura, peso, circunferências, tudo! E eu preciso pra
ontem! A família deve estar angustiada.
-Sim senhor. Aqui
está. –Entregou-me uma prancheta. –Quer que chame os familiares a sua sala?
-Melhor conduzi-los
ate a sala de reuniões. É uma daquelas famílias que vem em comboio sabe? E
também, a noticia que darei a eles com certeza formará grande alvoroço.
Fui até a sala, e
aguardei todos entrarem. De um em um, foram entrando os familiares e amigos
mais próximos, ansiosos por noticias.
-E então doutor? Como
está a minha pequena? –Gina se manifestou.
-Sentem-se todos.
Bom, primeiramente queria parabenizar a você, Zac, seus filhos são lindos. Amy
foi a que nasceu primeiro. Sem um choro se quer. Calma e serena. Nasceu com 3
quilos e 250 gramas e com 50 centímetros. Ela nasceu ás 2:15 da manhã do dia 18
de outubro. Já o pequeno grande Gregory, nasceu com 4 quilos e 450 gramas, com
60 centímetros. Esse demorou um pouco mais, nascendo as 4:10 da manhã do dia 18
de outubro. –Gina e todos ficaram maravilhados com a noticia que os bebes
haivam nascido com saúde.
-E a minha filha
doutor? –Uma voz rouca, um pouco cansada, soou por dentre todos. Greg queria
saber de sua filha.
-Bom, o caso de
Vanessa foi um pouco mais complicado. Mês passando, quando ela veio até o
hospital, ela assinou um termo de responsabilizando pelas causas do parto
normal.
-Como assim se
responsabilizando? –Uma loira se levantou com a voz grossa devido ao
nervosismo.
-Pelo que vejo, ela
não disse a ninguém sobre a existência desse termo. Em casos como o de Vanessa,
em que a paciente insiste no parto normal, é assinado um termo em que a
paciente assume os riscos do parto. E foi o que Vanessa fez.
-Tá doutor, mais eu
quero saber da minha amiga. Sem rodeios, por favor. –A loira insistiu no tom de
voz.
-Certo. Assim que o
bebe Gregory foi retirado, Vanessa teve uma hemorragia interna, devido ao
esforço que foi realizado. Conseguimos estancar o sangramento, mas ela
precisará de transfusão de sangue, pois a perda do mesmo foi grande. E enquanto
tentávamos normalizar o sangramento, os batimentos de Vanessa caíram de 120
para 10, até que se estabilizou em 0.
-O QUE? –Zac gritou.
–VOCÊ CHAMA UMA PARADA CARDIACA DE ESTABILIZAÇÃO?
-Calma, calma.
Conseguimos reverter à situação. O coração de Vanessa ficou parado por menos de
três minutos. Isso aconteceu por que a necessidade de bombeamento de sangue foi
muito grande devido à hemorragia, e o coração dela não aguentou. Mas a
reanimamos e agora ela está sob os efeitos de remédios. Ela está na UTI, pois
precisamos fazer uma apuração do por que ocorreu a hemorragia. Também por que
ainda ocorre o risco de outra parada cardíaca, ou ate mesmo uma para
cardiorrespiratória.
-Isso quer dizer que
se ela sair dos efeitos dos remédios, ela pode morrer? –Uma moça bem parecida
com Vanessa perguntou. Presumi que fosse irmã dela.
-Por enquanto, esse
risco existe. Ainda está muito recente, então não podemos arriscar.
E aí gente? Gostaram? Cheio de emoções né? E agora? Será que o Zac vai dar conta de criar os bebes enquanto Vanessa está em coma? Bom, isso é só no próximo capítulo! =D Queria agradecer a todas vocês por esse ano maravilhoso, ele foi muito importante pra mim e também, queria desejar a vocês um feliz Natal atrasado e um prospero ano Novo! Que o papai noel traga Zanessa de volta para nós! =D
Comentem bastante pra ter próximo capítulo em? Minimo 8 comentários!
Bessos!
Amo vocês!
Fiquem com Deus!