Capítulo 18


A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se fecha e a peça termina sem aplausos.

-Charles Chaplin

Depois de um tempo ali, o choro se virou em sorriso e alegria. Sempre o Dylan dá o seu jeito animado nas coisas e tudo fica bem. Mas, estar ali, abraçado a ele, me fez lembrar de momentos especiais que passamos juntos. Tantos verões na casa da praia, tantas risadas e travessuras de criança. Tantos momentos felizes e perfeitos que vivemos que isso sim, prefiro não apagar de minha memória. Não mais choro por Efron. Ele era uma peça do meu quebra-cabeça, que agora deu lugar para o meu filhote. Não tenho ódio do meu bebe, por que é claro, nunca que uma mãe iria odiar seu filho, mas prefiro não pensar que ele seja fruto de Efron. Prefiro ter em minha mente que meu filho foi uma sementinha que Deus plantou na minha vida para deixar tudo mais colorido e lindo. Não preciso de Efron, não preciso do dinheiro dele, do carinho dele para com o meu filho e nem pra nada. E se depender de mim, ele nunca saberá que esse filho é dele. Sempre me virei sozinha, e posso muito bem cuidar do meu filho sem a ajuda dele. Nunca precisei de alguém para ser feliz.
Então, resolvemos descer para ver onde o pessoal estava, e também, para dividir um pouco da minha alegria com todos. Parece que aquele momento ali com Mychele e Dylan, me fez enxergar a vida de um ângulo diferente, de uma forma diferente. E tenho certeza de que isso fará diferença daqui pra frente.
Todos estavam reunidos em volta da piscina. Conversando, rindo... Até os nossos funcionários se juntaram e se confraternizaram com eles. As passar pela porta de vidro, ouvi uns gritos vindos da sala de estar. Mas, continuei em frente. Chegamos à piscina e logo Dylan soltou umas das suas piadinhas, e todos rimos. Mas, fiquei com aqueles gritos da sala de estar na minha cabeça, então, preferi ir até lá para ver o que estava acontecendo.
-EU NÃO ACREDITO ZACHARY! –Ouvi o grito, e antes de entrar na sala, me escondi atrás da parede. –POR QUE VOCE NÃO ME CONTOU?
-Simplesmente por que a minha vida não te diz respeito.
-COMO NÃO?
-Quer parar de gritar que nem uma louca de hospício? Não sou surdo e estou bem do seu lado. E a minha vida diz respeito apenas a mim. Não iremos nos casar! Estamos juntos por que eu estou curtindo o momento. Mais nunca que vou me casar! Está louca? E tem outra, eu e a Vanessa não temos mais nada. Você viu a indiferença com que ela me tratou em nossa chegada.
-Ta, mais você poderia ter me falado antes de chegarmos aqui!
-Pra que? Pra você fazer ceninha na frente de todos? Aqui também é a casa da minha família. A Vanessa foi criada como minha irmã, agente tem uma ligação, querendo ou não. E mesmo voce fazendo ceninha, nada e nem ninguém vai mudar isso. Estendeu? –Disse em um tom grosso.
-Sim.
-Agora pare de fazer escândalo, e vamos lá pra fora. Já está por hoje.
Quando eles foram sair, eu sai correndo e me enfiei na dispensa, pra eles não verem que eu estava ali. Mais sabe que foi a primeira vez que eu ouvi o Efron falando desta forma. Tipo, me defendendo. A coisinha com certeza teve ataque de ciúmes. Mais isso não me interessa. Não mais, quero dizer.
Ouvi que os dois saíram pela porta, então resolvi sair dali, que estava bem escuro, e fui até a cozinha, pegar alguma coisa pra beber. É dura essa vida de mamãe grávida. Me dá uma sede... E a vontade de ir no banheiro? Constantemente. E agora são por dois. Não posso esquecer disso nunca. Quando coloquei meu pé na cozinha, Efron estava com a mão na cabeça. Eu pensei em ir para a piscina, mais eu não tenho do que ficar me escondendo dele. Jamais. Não temos mais nada. Peguei um copo e fui até a geladeira.
-Foi uma péssima idéia ter vindo ate aqui. –Disse em uma voz quase imperceptível.
-Como é? –Perguntei me fazendo de desentendida.
-Você ouviu! Não se faça de desentendida. –Ergueu a cabeça. –Foi uma péssima não, uma horrível idéia ter vindo até aqui.
-Não sei por que Efron. –Peguei uma jarra na geladeira e me servi com um pouco de suco de morango.
-Como consegue ser terrivelmente  sarcástica quando quer. –Me olhou nos olhos.
- Olha, só fala pra sua namoradinha num ficar cruzando meu caminho ok? De criança já basta a Stella nessa casa.
-Eu não deveria ter trazido ela junto. –Fiquei em silêncio.
Terminei de tomar o suco e coloquei o copo na pia. E como eu sou uma dama, dei boa noite a visita.
-Boa noite Efron.
-Boa noite Baby V. –Aquele “Baby V” penetrou no meu coração. Fazia tanto tempo que eu não ouvia aquela voz rouca e sedutora me chamando pelo meu apelido. Mas não posso me deixar levar pelo momento. Não estamos mais juntos, e eu já deveria ter me acostumado com isso.
A canseira resolveu bater na minha porta. Eu não me estava agüentando em pé. Então, fui até onde todos estavam, e me despedi de uma forma rápida.
-Boa noite gente! Durmam bem!
-Boa noite! –Todos responderam juntos.
Subi até meu quarto, e fui tratando de tomar um bom banho. Essa gravidez está acabando comigo. Isso que só está no segundo mês em... Imagine quando estiver de oito meses... Não vou sair nem da cama...
Fique uma hora exatamente em baixo do chuveiro. Coloquei uma roupa bem leve, e fui até o espelho pentear minhas madeixas. Como eu tinha colocado uma camisola meio que transparente, eu conseguia ver a ondulação, pequenina ainda, se formando na altura de meu utero. E ali, parada, tentei me concentrar em toda a energia positiva que tinha dentro de mim. Por que dizem os médicos que os filhos sentem tudo que as mães sentem, então, meu filho tem que sentir alegria e felicidade. Sempre! Fechei meus olhos e coloquei minha mão em meu ventre e senti uma pequena vibração lá dentro. E aquilo foi tão emocionante, que as lagrimas foram, é claro, inevitaveis. Pela primeira vez, eu senti que tinha alguma coisa dentro de mim. E estava crescendo em ritmo acelerado. Meu filho, meu bebe, meu nenem. Fui levada pelo momento e comecei a dançar pelo quarto com as mãos em filho, digamos. A felicidade que aquele filho traria para a minha vida será incalculável. Dizem que uma gravidez muda tudo. E estou começando a achar que muda mesmo. Prioridade máxima daqui pra frente será meu filho. Ou filha. Saberemos daqui um tempo...
Quando eu já não agüentava mais, acabei por me aconchegar em minha cama. Já era quase onze horas e amanhã é dia de ir a feira compra frutas. Amo fazer compras para a casa.
Já estava quase dormindo, quando ouvi bem levemente três batidas na porta.
-Nessa? Já está dormindo? –Stella disse bem baixinho.
-Ainda não Stell...
-É que...
-Venha minha bebe. –Levantei as cobertas.
Na hora, Stell deu um pulo e deitou junto comigo. Quando eu digo que a de criança já basta a Stella nessa casa, eu não estou brincando. Ela tem dezenove anos e ainda dorme comigo. Eu não ligo, é claro que não. Afinal, somos irmãs, e quando éramos pequenas, Stell dormia comigo quase sempre, pois nossos pais brigavam e por isso ela tinha medo. Então, eu ficava fazendo carinho nela até ela pegar no sono. E quando dormia, era um alivio pra mim. Alem do meu filho e de minha mãe, Stella é a coisa mais importante de minha vida, somos irmãs unidas e juntas. E ela pode estar com quarenta anos, mas sempre estaremos juntas.
Stell se aconchegou em minha cama, e eu a abracei. E fiz a mesma coisa que faço desde sempre. Até que ela quebrou o silencio.
-Sabe Nessa, acho que eu não suportaria se você fosse morar com outro alguém.
-Eu sempre vou estar aqui maninha.
-Eu sei, mais eu tinha medo quando você e o Zac estavam juntos... Eu não queria te perder pra ele.
-Mais você não ia me perder minha princesa. Afinal, eu sempre estarei aqui.
-É... E eu tenho que aproveitar antes que o meu sobrinho cresça.
-É... –Rimos. –E ele que vá se acostumando, por que ele vai ter que dividir essa cama comigo em dia de chuva...
Depois que Stella dormiu, eu ainda continuei alisando seu rosto, e os pensamentos inúteis começaram a aparecer. Aquela frase que mente vazia é oficial do diabo é a mais pura verdade. Comecei a pensar como seria legal ter o Efron aqui, acompanhando comigo essa gestação que está sendo uma experiência única. Poder sentir que o fruto do nosso amor estava crescendo dentro de mim e que poderíamos sentir essa sensação juntos. Até imaginei agente na casa da praia e o Efron brincando com o nosso filho no jardim. Imaginei-o loirinho, com cachinhos, de olhos azuis igual ao pai, doce, carinhoso... Com as qualidades da mamãe, e com a personalidade forte da titia. Com as bochechas rosadinhas... O imaginei assim...
Lindo como o pai. Doce como a mãe, e feliz para sempre. Mergulhada em tantos pensamentos, acabei pegando no sono. Mas acredito que, o que sonho, pelo menos da parte de Efron, não se realizará. Pelo menos não se depender de mim. Quero que meu filho seja feliz. E eu apenas quero que meu sonho de ser mãe se realize sem problemas. Meu príncipe, meu filho. Não sei, mais a palavra “meu” ainda tem grande efeito em mim. Meu filho. Imaginei também, ele dando os seus primeiro passo, dizendo as primeiras palavras. Sentir esse amor, é como amar um em um milhão. Amar meu filho, será como amar um em um milhão. Amor de mãe não tem preço, idade, forma, cor... Basta amá-lo. Seguir em frente. Por um futuro não mais incerto. Construir minha vida com meu filho. Estar com ele e ensiná-lo as coisas certas. Ser uma criança normal.Você ainda está em meu ventre meu príncipe, mais a mamãe te ama muito.









Capítulo emocionante não? Acreditem, chorei escrevendo esse capítulo, por que eu fechava meus olhos e via a cena. E garanto que cenas como essas vão ser bem comuns... :)

Agora, meninas, acho que até o fim dessa semana eu consigo postar mais um pra vocês! Mais, vocês viram? Estamos de playlist nova... É basicamente o que acontece agora... Espero que vocês tenham gostado!!


Agora, vou indo!
Bessos!
Amo vocês!
Fiquem com Deus!

Capítulo 17

Então, como a minha barriga não tinha crescido muito ainda, eu podia esconder com roupas grandes. Ainda bem. Então, eu, Stella e mamãe inauguramos o carro de Stella. 
 
A cara dela! David sabia exatamente os nossos gostos. O carro estava sem placa e tinha sido deixado ali a mais ou menos um ou dois meses. Acho que papai sabia exatamente a data em que voltaríamos. Não chamo mais David pelo nome, pois depois de tudo, ele se tornou meu pai verdadeiro.
Fomos no shopping no centro de Studio City e compramos algumas roupas. Eu fiquei com vestido até os pés. Stella com calça jeans e camiseta e mamãe com regata e calça jeans também.

(Cinco horas depois...)

Já estamos arrumadas esperando eles chegarem. Pedi a anfitriã que contratasse o melhor bufe da cidade, afinal seria uma ocasião especial. Só que, na hora mais horrível, a minha queria irmãzinha teve um pequeno imprevisto (do qual só as mulheres sofrem) e ela não tinha proteção em casa. E adivinhem? Sobrou pra mim. Tive que ir na farmácia para comprar. Não querendo muito mais tive que ir.
 
Aproveitei e comprei um iogurte que eu fique morrendo de vontade de tomar.
Seguir pra casa e entrei pela porta da frente. Stella e mamãe estavam sentadas no sofá.
-STELLA! –Gritei. –Só espero que você não tenha manchado o meu sofá!!! –Larguei a sacola na mão dela.
-E estresse em... Não manchei bosta nenhuma. E você se esquece as vezes que essa casa é minha também.
-Acontece que esse sofá é caro maninha!
-Eu sei! E você acha que eu ia sentar aqui se eu não soubesse disso? Eu dei um jeito né!? –Levantou e foi no banheiro da sala de jogos.
-Que jeito ela deu mamãe? –Sentei ao lado dela no sofá.
-O mesmo que ela deu naquela viajem lembra?
-Enrolou papel higiênico. –Dissemos juntas.
-Que nojento.
-Eu faria o mesmo. Mas, a sua mãe aqui já não tem mais faz tempo.Falando nisso... Faz tempo que a sua não desse né?
-Mãe!? Sabia que isso é bem pessoal?
-Sabia que eu também já tive sabia? Isso não é segredo pra ninguém!

(Narração –Stella)

A Vanessa às vezes acha que eu sou criança. Mas, hoje é um dia especial, não vou ficar me estressando com ela. Entrei no banheiro e fiz o que era preciso. Mas, tinha acabado o papel higiênico. Então, abri o armarinho de baixo da pia e peguei um rolo. Mas atrás do pacote de plástico, tinha uma caixinha rosa com roxo. Escrito “Confirme”. Eu achei muito estranho... 
 
Me parecia um daqueles teste de gravidez de farmácia. Aqueles com 99,9% de chance de estar certo. Balancei perto do ouvido e alguma coisa mexeu lá dentro. Para acabar com a minha curiosidade, resolvi abri-lá.
 
Pois é. Teste positivo. Eu sei por que eu tinha uma amiga na Itália que me mostrou o teste que ela fez, e eu lembro que quando são dois riquinhos, é por que é positivo. Alguém estava grávida lá em casa. Mas quem? Afinal, não era só nós que usávamos aquele banheiro. Os funcionários também. Será? Será que a Vanessa estava grávida? Mordisquei minha boca por dentro. Mas se ela estava grávida, por que ela não disse nada ate agora? É muito estranho isso... Por que ela não me contou? Espera... Devo estar tirando conclusões precipitadas. Ela nem está com barrigão. Se estivesse, quem sabe poderíamos até desconfiar... Bom, vou terminar o que eu estou fazendo para voltar pra sala.
Antes de entrar na sala, ouvi minha mãe fazendo uma pergunta para a Nessa. E fiquei meio assim... Mas com o silencio dela, já percebi que o teste não era dos funcionários.
-Oh mãe, você não tem pergunta mais escrota pra fazer não? –Entrei na sala.
-Ah minha filha, eu também já tive isso antes... E eu só acho entranho. Só isso...
-Sei... –Olhei para Vanessa.
Acreditem, mas acho que ela já sacou que eu já sei de tudo. Ela se entrega. Sem mesmo precisar falar nada. Parecia que estava escrito na testa dela “Estou Grávida!”. Ah maninha... Precisa bastante ainda de minha ajuda para saber disfarçar as coisas...

(Narração –Nessa)

Meu Deus... O teste no banheiro. ELA ACHOU! NÃO ACREDITO! QUE BURRA EU! Brigava comigo mesmo em minha mente, por que eu não acredito como eu fui tão otária de largar no banheiro. Agora ela já sabe. Mas o que fazer pra ela não abrir essa boca enorme?
-Estou com sede... Vocês querem alguma coisa? –Mamãe levantou e foi em direção a cozinha.
-Não mama. Estou bem! –Stella sentou do meu lado.
Esperei mamãe ficar fora de vista.
-Stella...  –Me virei pra ela. –Não é nad...
-Fique calma, o seu segredo está guardado comigo. Mas quero ver até quando você vai conseguir guardá-lo. Por que você não me contou antes?
-Por que fazem só três dias que eu descobri. –Falei em um tom baixo.
Ela desencostou do apoio do sofá, colocou a boca na altura do meu útero e disse: “Aí pirralho ou pirralha... A titia aqui vai adorar mimar vocês um monte ta? Esperem só mais um pouco!”. Passou a mão carinhosamente em minha barriga e me olhou.
-Estamos juntas nessa mana! –Deu uma piscadela.
Na hora comecei a chorar. Meus olhos se encheram de lágrimas. A abracei. Que retribui na mesma hora.
Antes de minha mãe voltar, enxuguei as lagrima e beijei Stell no rosto. Afinal, ela seria a minha aliada pro resto da vida... Ou pelo menos, até minha mãe descobrir...
Então, ouvi uma buzina de carro na frente de nossa casa... Me levantei e fui até a janela pra ver quem era. Era uma van. Dylan, Starla, duas moças que eu não conhecia e um homem que eu desejava nunca mais ver na minha frente...
-Meu Deus... Até parece uma eternidade... –Dylan veio em minha direção. –E ai maninha... Que saudade! –Me abraçou forte. Eu retribui, não me importando muito com as pessoas indesejáveis que estavam presentes. –Essa aqui... É a Mychele. Amor, essa é a Nessa.
-Nossa, muito prazer querida! –Nos abraçamos. –Dylan fala muito de você. Ele sente muito a sua falta.
-Acredite, por mais que ele seja um chato... Eu amo ele! Muito! E olha, eu queria te dar os meus parabéns!
-Por quê?
-Conseguiu mudar o Dylan.
-Todos me falam isso, mas eu não entendo...
-Só quem conviveu com ele sabe... –Rimos.
-Titia... –Abracei Starla.
-Oh meu bem... Aquela casa não é mais a mesma sem vocês.
-Teve que ser assim... –Sussurrei em seu ouvido enquanto a abraçava.
-Bom... Vamos entrar! Temos bastante coisa para conversar...
-Nessa... –Dylan me puxou pelo braço. –Tem certeza que vai ignorá-lo? 
-Oi Efron. –Disse fria e calculista. E mal olhei em seus olhos. –Vamos gente.
Todos entraram em minha casa. E logo nos dirigimos para a sala de jantar. Afinal, quando eles chegaram, estavam com fome e já era mais de oito.
-Nessa... Acho que não te apresentei... Luly!? –Dylan chamou pela ruiva alta que estava abraçada a Efron. Ele não tirava os olhos de mim. Aquilo estava me irritando. –Venha aqui!?
Enquanto os dois caminhavam até nós, olhei profundamente nos olhos dele, e aquilo fez com que sentisse pontadas fortes em minha barriga. Peguei na mão de Dylan e segurei forte, e ele percebeu que eu não estava me sentindo bem.
-Você aguenta? –Balancei minha cabeça em sinal de sim.
Se tinha uma coisa que Dylan não era, era burro. Ele sabia muito bem que o motivo de ter saído da Itália, era o Efron. O motivo de ter dado uns bons tapas na Hillary, era o Efron. Dylan sabia de tudo. Ele sacava as coisas rápido.
-Luly, essa é a Vanessa. Nessa, essa é Luly... –Parou por alguns segundos antes de continuar. –A atual namorada do Zac.
Quando olhei pra ela, vi que aquela garota me traria sérios problemas. Fazia a do tipo ciumenta, e ela se ligou que... Bom, não tem por que ficar relembrando o passado. Efron faz parte do meu passado e pretendo deixa-lo onde está.
-Muito prazer. –Disse sarcástica. –Meu nome é Luly Crawford... Futura Efron.
-O prazer é todo meu. Eu sou Vanessa Anne Hudgens.
-Amor, será que você pode nos dar licença? Acho que eu e Vanessa seremos grandes amigas... Quero conversar com ela... –Dylan e Efron se retiraram sem falar uma palavra.
-Escuta aqui o coisa sem sal... –Se virou pra mim. –Eu só tenho que te engolir por que a minha sogra gosta de você. Então, é bom você não ficar cruzando o meu caminho toda hora...
-Como é? Desculpe, mas não entendi. Você está na minha casa e se acha no direito de me dar ordens? Quem dita as ordens nessa casa sou eu. E eu é que te digo que é melhor pra você ficar longe de mim. Por que tudo isso é meu e a Starla... Bom, te garanto que é ela que não gosta de você nem um pouco. Ela que tem que te engolir por que o Efron está com você, mas vou logo avisando, ele não esquenta lugar por muito tempo.
-Ele vai casar comigo?
-Jura? Você realmente acredita nisso? Olha que ilusão mata sabia!? –Sai dali.
Ficar olhando para aquele endivida estava me dando náuseas. Que guria mais nojenta. Casar... De onde ela tirou aquela ideia? Meu Deus... Caiu que nem uma pata na conversa do Efron. Que otária...
Fui para a sala de jantar onde todos já estavam a minha espera. Durante o jantar, a nojenta não parava de me encarar, por que ela percebeu que eu tinha tudo em minhas mãos. Mas, fiz questão de ignorá-la. Afinal, o que eu menos queria era ficar ali perdendo o meu tempo com ela. Rimos um monte com as piadas do Dylan, conversei bastante com Mychele, que ela e eu sim, nos tornamos amigas. Estávamos conversando como se fossemos amigas ha anos.
-Sabe o que mais me irrita no Dylan às vezes... É que ele pega as coisas no ar. Sem mesmo eu precisar falar.
-Ele sempre foi assim...
-E é agora que eu estou começando a aprender.
-Eu sei, é complicado... O Dyh muitas vezes sabe de algumas coisas que não é pra ele saber.
-E... Mas mudando um pouco de assunto, o Dylan me contou que você e o Zac... Bom, você sabe. E eu percebo o jeito que ele ainda te olha...
-Olhar... Bom, todos olham. O Zac perdeu a chance dele. Há muito tempo...
-Me desculpe à indiscrição, mas, por quê?
Olhei pro lado e vi que tinha pessoas prestando atenção na nossa conversa, então, decidi subir para o meu quarto juntamente com ela.
 -Sente! Bom, o que aconteceu comigo e com Efron foi que, crescemos juntos. Fomos amadurecendo um sentimento que ia alem de bons amigos. E nisso começamos a namorar escondidos. Só Dyh e Stella, minha irmã, sabiam. Então,estávamos muito envolvidos, e precisei fazer uma viajem de emergência pro Hawaii. O pai de Efron e Dylan, David, gostava muito de mim e de minha mãe e Stella. E por isso ele nos deixou preparadas com dinheiro, casa, carro, enfim. Só que algumas pessoas dentro da nossa empresa... Quer dizer, não mais nossa, agora deles, me colocou como ma vilã da historia. Dizendo que eu tinha desviado dinheiro da empresa e tinha feito a maior bagunça no caixa. E não foi isso que aconteceu. Mas, quer saber, acho que foi melhor assim. O Efron nunca foi o cara que eu esperava que ele fosse. Pelo contrario, mostrou que a confiança nunca existiu entre nós. E por isso, fui mandada embora. E hoje estou aqui, morando na casa que David deixou para nós.
-Mas você não sente mais nada por ele?
-Isso é indiferente agora Myh. Ele já está noivo né!?
-Olha, não usaria noivo como sendo a palavra. Mas, é. Eles estão juntos sim. Mas a Star não gosta dela. Já cansei de ver os cortes que ela deu nela.
-Convivi 23 anos com a Star. E sei muito bem quando ela não gosta de alguém.
-É.. Mas acho que você está escondendo alguma coisa por trás disso...
-Como assim?
-Tem alguma coisa que ficou de vocês dois e que você quer me contar mas não pode, certo?
-Nossa, em menos de duas horas você me conhece mais do que eu mesma em 23 anos...
-Aprendi com o Dylan... –Rimos.
-Na verdade... –Senti o gosto do vomito na minha boca.
Na hora coloquei a mãe na boca e sai correndo pro banheiro. Mychele veio atrás de mim e senti que ela apenas segurou meu cabelo. Sentei na frente do vazo e vomitei. Eu sou tão escandalosa pra vomitar... Meu Deus! Quando terminei, me levantei e enxagüei a boca.
-Não precisa me dizer... Eu já sei!
-Por favor, não conta pra ninguém! –Disse secando meu rosto.
-Fique tranqüila. Não sou de sair espalhando... Mas o Dylan vai ficar muito feliz em saber disso.
-Vocês vão ficar aqui até semana que vem... Até lá eu dou um jeito de contar pra ele. –Nos entreolhamos e ela fez a pergunta que não queria se calar.
-É do Zac né!? –Baixei minha fronte e uma pequena lagrima rolou sobre minha face.
Mychele me abraçou e ficamos ali por um tempo.
Ouvimos alguém bater na porta.
-Nessa? Você está ai? –Disse do outro lado.
-Entra Dyh. –Ordenei.
-Amor!? O que está fazendo aqui? –Deu um selinho em Mychele.
-Eu e Vane estávamos conversando... –Senti que era à hora para contar a ele.
-Dyh... Eu tenho uma coisa pra te contar, mas eu preciso que você me prometa que não vai fazer absolutamente nada ok? Eu sei o que estou fazendo...
-Falando desse jeito me dá até medo. –Sentamos na cama.
-Eu não iria contar, mas acho que é melhor você ficar sabendo por mim... Bom, no voou pra cá, eu comecei a sentir uns enjôos muito fortes. Eu achava que era alguma coisa que eu tinha comido, ou sei lá. Mas, acabei por fazer um teste de farmácia e depois um de laboratório pra confirmar. E o resultado veio... Estou grávida!
-O que? –Disse num tom gritado. –Grávida? Como assim grávida?
-Fica quieto Dylan! –Deu um beliscão na perna dele. –Deixa ela falar primeiro, depois você faz as suas perguntas.
-É isso mesmo maninho. Estou grávida. Dois meses.
-Mas como assim Nessa? Por que você não me falou nada?
-Por que eu descobri há três dias atrás.
-Serio?
-Serio! E o pior você não sabe...
-Já imagino... Agora é a minha vez de falar... Eu sabia que ia sair alguma coisa daquele relacionamento louco de vocês... É do Zac não é? –Balancei minha cabeça em sinal de sim.
-Oh maninha... –Sentou do meu lado e me abraçou.
Me aconcheguei em seus braços e o choro, é claro, foi inevitável.





Mais um capítulo pra vocês... Queria pedir desculpa pela demora em UAPR... Estou preparando um capítulo daqueles pra vocês! Fiquem ligadas lá! 
Mas.... Eu estou aqui pra divulgar também... ESTAMOS DE CARINHA NOVA!!! Pois é... 2 aninhos de Zanessa Brasil. Que orgulho! Está lindo... E pra quem não sabe também, eu fasso parte da equipe... Vocês vão ver... Vejam lá como ficou lindo!

Então isso...
Até o proximo post!
Amo vocês!
Fiquem com Deus!



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