Stella melhor do que ninguém sabia que aquilo não era o
melhor que eu podia fazer. Eu sabia disso, e isso era o que mais doía dentro de
mim. Conhecer o Efron tão bem quanto eu conheço saber que ele é uma ótima
pessoa e que seria um ótimo pai era o que me motivava cada vez mais em contar a
ele tudo. Minha família queria isso, meus filhos precisavam disso, meu coração
o que queria de volta, mas minha mente não estava pronta para tê-lo ao meu lado
novamente. Eu não estaria agindo da forma certa com os meus filhos, mas também
não estaria agindo da forma certa comigo mesma. Toda a humilhação que ele me
fez passar na frente de todos, agindo como se eu fosse uma ladra, nem todo o
pedido de desculpa no mundo me faria voltar atrás. Voltar aonde o meu amor por
ele era verdadeiro. Posso não ter sido a melhor namorada do mundo, e posso não
ter dado a ele tudo o que ele merecia, mas nunca o humilhei e muito menos
duvidei de sua palavra. Já ele, fez isso e o pior dos crimes que uma pessoa
pode cometer: Incredulidade. Era a minha palavra contra a dos outros. E se ele
não acreditou em mim, não posso acreditar nele. Não posso confiar nele
novamente como um dia confiei.
-Você se lembra de quando éramos pequenas, e que um dia eu
te perguntei até aonde o amor pode ir? –Stella perguntou. Assenti que sim com a
cabeça. –Você se lembra de que você me disse que o amor pode ultrapassar
barreiras, pode enfrentar problemas e principalmente pode perdoar? –Novamente
assenti que sim com a cabeça. –Você não precisa perdoá-lo agora. O perdão, ele
vai adquirir com o tempo. Mas o que você consegue nesse momento, é contar a ele
que você está esperando dois filhos dele. Isso é importante tanto pra você,
quanto pra ele e principalmente para os seus filhos.
-Eu nunca imaginei filha, que em algum dia da minha vida, eu
poderia perdoar o seu pai pelo o que ele fez. Mas perdoei. Estou voltando a
amá-lo. Estou a cada dia, conhecendo o seu pai novamente. Mais eu deixei meu
coração perdoá-lo. Deixei com que ele pudesse voltar aos tempos de adolescência
e pudesse curar a minha ferida. Ela ainda não está completamente fechada, mas
está aos poucos aprendendo como. Eu sei que não deve ter sido fácil para você
ter passado por tudo o que passou, mas tenha certeza de que omitir uma
gravidez, abrirá uma ferida muito maior do que você imagina. Nos dois. Filha
–Ergueu meu queixo –Você não precisa perdoá-lo, mas pode contar a ele o que
está acontecendo. Antes que seja tarde de mais e você se arrependa depois pelo
o que você deveria ter feito, mas não fez.
Com aquelas palavras, já não me aguentei mais e me derramei
em lágrimas. Senti os braços acolhedores de minha mãe sobre mim, e as delicadas
mãos de Stella sobre minha barriga. Aquilo estava me dando à coragem que eu
precisava para ir até Efron e contar a ele tudo o que ele precisava saber. Mas
não tudo ao ponto de perdoá-lo novamente. Stella começou a cantarolar baixinho
uma canção. Eu sabia aonde ela queria chegar. Aquela musica, eu tinha tocado no
piano há uns três anos atrás. Eu havia aprendido com David algumas notas.
Depois tive algumas aulas, mas não levei a serio. Eu aprendi essa música por
que era febre na época por causa do filme “A Última Música”, e Stella havia se
apegado a essa música, e juramos daquele dia em diante que aquela seria a nossa
musica.
-“ ...When the waves are flooding the shore and I...
-...Can't find my way home anymore... –Cantei junto a ela.
-...That's
when I, I, I look at you..”.-Cantamos juntas. Abri um sorriso em meio às lagrimas.
-Assim... Bem melhor! Sorrindo! Sempre! –Nos
abraçamos.
Depois disso saímos para tomar um sorvete. Não
chorei mais, pelo contrario, Stella apenas me fez sorrir e dar boas
gargalhadas. A tarde se encerrou com um lindo por do sol.
-É lindo né? –Disse olhando fixamente para o céu.
-Com certeza mana!
-Ei meninas... –Mamãe entrou no quarto. –Vocês
tem visita.
-Visita? Mas eu não estou esperando ninguém.
-Tem certeza? –Dylan apareceu na porta.
Sai correndo e pulei nele. Ficamos abraçados,
depois descemos até a sala, conversamos e chegamos a seguinte conclusão: Rosa é
mais bonito do que laranja. Discutíamos por coisas bobas, e desta vez, era a
cor do quarto dos meus filhos que estávamos decidindo.
-Eu não aceito que o quarto da minha sobrinha
seja laranja.
-Ela vai ser a minha sobrinha de sangue amor,
então eu decido.
-Não! Nenhum dos dois decide ok? O quarto é dos
meus filhos, então eu decido a cor. –Na hora, os dois se calaram. –Melhor
assim.
Acabou que Dylan dormiu aqui em casa, por que já
estava tarde. E no outro dia, ele apenas havia deixado um bilhete dizendo que
mais tarde ele voltava. Como era sábado, eu não precisaria ir até o escritório,
aproveitei para começar a decorar o quarto dos meus filhos. Mama e Stella
haviam ido a uma viajem de ultima hora. Elas insistiram muito para que eu fosse
junto, mas eu queria ficar um pouco sozinha. Elas foram para Nova York. Tirar
umas Férias-Pré-Natal. Estava chegando o
fim do ano, e elas queriam fazer compras antes do natal. Deixei que fossem.
Mais tarde, recebi um telefonema de Dylan,
dizendo que ele estaria em vinte minutos em minha casa. Aproveitei para tomar
um banho rápido e desci para esperá-lo.
-Oi princesa. –Disse entrando pela porta dos
fundos.
-Oi Dyh! –O abracei. –Tudo bem?
-É, tudo bem.
-Não, acho que não está tudo bem.
-É que eu e o Zac brigamos de novo.
-Por quê? –Sentamos no sofá.
-Por que ele acha que eu estou escondendo alguma coisa...
Sobre você. –Senti que aquela era a hora de conta a Dylan que tinha chegado o
momento de contar a Efron.
-Depois de eu pensar muito sobre isso,
–Entrelacei minha mão a mão de Dylan. –Eu acho que chegou a hora Dyh. Não tem
mais como esconder isso dele. Ele é pai, ele tem direito em saber.
Percebi que Dylan estava saltitante por dentro.
Ele queria muito que isso acontecesse.
-Jura? Mais se você não quiser falar pra ele...
Eu... Eu vou entender. –Me encarou seriamente.
- Eu preciso fazer isso. Ele merece saber que vai
ser pai. –Dylan sorriu e me deu um beijo no rosto.
-Ele vai adorar saber disso. –Dei um sorriso
amarelo. –Se você quiser, eu vou estar aqui com você.
O abracei fortemente. Dylan sabia o quanto eu
tinha sofrido pela separação e principalmente pela desconfiança.
-Mais então, o que você estava fazendo mesmo?
–Mudou de assunto repentinamente.
-Decorando o quarto dos bebes.
-Serio? Quero ver.
-Não senhor. Você só vai ver quando tiver pronto.
-E isso é uma lei por acaso?
-É sim! A minha lei. E o senhor só vai ver quando
tiver pronto e olhe lá ainda. Isso se eu não for bem má com você, e te deixe
ver só quando eles nascerem.
-Isso não é justo. –Cruzou os braços.
Mais alguns minutos se passaram e o celular de
Dylan começou a tocar. Ele pegou o celular do bolso e na tela estava quem
estava chamando:
Comecei a rir.
-Qual é a graça??? –Me olhou sem entender.
-Chuchuzinho Dylan? –Segurei a risada. –Atende.
Mas coloca no viva-voz.
-Tá. Fala Zac.
-Onde você está cara?! Você não dá as caras desde
manhã.
-Tá tudo bem amorzinho.
-Amorzinho Dylan?!
-Parece a Michelle falando cara. Eu não sou bebe
mais.
-Onde você tá?
-Na casa da Nessa. –Zac se calou do outro lado da
linha. –Cara? Ainda tá ai.
-To. Eu vou desligar, não quero atrapalhar.
–Tomei o celular da mão de Dylan. –Zac? Sou eu. Acho que agente precisa
conversar! Você sabe onde eu moro.
-Mas...
-Sem mais Efron! Não vou falar duas vezes. Estou
te esperando. –Desliguei o celular e coloquei a mão em meu útero.
-Tudo bem?
-Aham... –Passei a mão em minha testa, que estava
um tanto suada.
Passaram quarenta minutos, e ouvi a campainha
tocar. O som me fez estremecer.
-Eu abro. –Dylan se levantou e foi até a porta.
Cumprimento seu irmão, fechou a porta e sentou do meu lado.
Percebi que ele me olhava intensamente, até que
resolvi quebrar o silencio.
-Bom, eu sei que eu te devo muitas explicações,
mas dentre elas, e a mais importante no momento é que... –Deixei minha vacilar.
Os olhos de Zac eram como duas safiras que tentavam penetrar em meus olhos, mas
esses, por sua vez, pareciam novamente duas muralhas.
-Senta Zac! Não paga nada! –Desde que ele havia
chagado, tinha ficado em pé.
-Estou bem assim.
-Você precisa de ajuda? –Dylan sussurrou em meu
ouvido. Acenei que não com a cabeça.
-Estou grávida. –Afundei minha cabeça no ombro de
Dylan.
-Dá pra ver.
-Dá pra você pegar leve com ela velho? Tá sendo
difícil pra ela.
-É deu pra ver o quanto tava sendo difícil pra
ela ficar agarrada com o Hoffman. Né Hudgens?
-Cala Boca Efron. –Alterei a voz. –Você não vê? Você
não se considera um cara esperto? Você não viu que era uma armação? Que eu não
queria que você soubesse que... –Fiquei fraca.
-Nessa? –Dylan me segurou e desmaiei em seus
braços.
Dylan me pegou no colo e me levou correndo até o
hospital. Zac estava junto com ele. Enquanto estava no Pronto Atendimento do
hospital, Dylan ligou para mamãe e Stella, que na hora pegaram um voou para LA.
Eu já tinha acordado, mais ainda estava sobre o
efeito dos medicamentos e sedativos.
Uma hora depois, Stella entrou desesperada na
recepção do hospital e deu de cara com Efron com a cabeça entre as pernas e com
as mãos na cabeça. Ela foi direto até ele gritando.
-E EU ACHANDO QUE VOCÊ AINDA TINHA ALGUMA COISA
DE BOM... –Disse em tom desesperado, em meio a lagrimas. Encheu a mão e deu um
tapa com toda a força no rosto de Efron. –SE ACONTECER ALGUMA COISA,
ESPECIALMENTE COM OS MEUS SOBRINHOS E COM A MINHA IRMÃ, EU ACABO COM A SUA RAÇA
EFRON. VOCÊ TÁ ME OUVINDO? ACABO COM A SUA RAÇA! –Mamãe segurou Stella pelo
braço.
Depois de se acalmarem, a médica de plantão foi
até onde Zac, Stella, Mamãe e Dylan estavam.
-Os parentes de Vanessa Hudgens? –Mamãe e Stella
se levantaram, seguidos de Efron e Dylan.
-Eu sou a doutora Kim, estou cuidando do caso de
Vanessa. E ela é uma mulher forte viu? Está respondendo bem aos medicamentos.
-E os meus sobrinhos? Está tudo bem com eles?
–Stella disse desesperada.
-Você deve ser Stella certo? Vanessa comentou que
tinha uma irmã. Bom, agora ela está bem. Parece que o nível de estresse dela
foi bem alto. Mas graças a Deus, está tudo bem. Com os três! –Stella respirou
aliviada. –Bom, ela pediu para conversar com Zachary Efron.
-Sou eu.
-Como assim? Como ela pode pedir pra falar com
ele primeiro, sendo que ele fez ela quase perder os bebes?
-Filha, se acalme. É o desejo dela. –Stella
concordou com sua mãe e sentou para aguardar sua vez.
Alguém bateu na porta, presumi que era Efron,
então ordenei que entrasse.
-Licença...
-Entra Efron! –Ele entrou e se sentou na poltrona
ao lado maca. Olhei bem em seus olhos e disse com toda a coragem do mundo.
–Estou grávida. E os filhos... São seus.
Nós dois fomos levados pelo momento, eu já estava
chorando, mas logo depois Zac também se rendeu as lagrimas. Me sentei na maca,
e Zac me abraçou. O abracei com todas as minhas forças. Senti falta do calor
daquele abraço. Ele se afastou e disse.
-Me desculpe pela forma como falei com você em
sua casa, não queria ter dito daquele jeito...
-Sem problemas... –Enxuguei minhas lagrimas.
-Quantos meses?
-Quatro.
-Gêmeos?
-Casal.
-Nomes?
-Ainda não decidi.
-Eu quero fazer parte integral dessa gravidez.
-Claro. Mas é só.
-Como?
-Ainda não estou pronta pra te amar novamente.
Apenas tomei a decisão de te contar que estou grávida, por que os meus filhos
precisam de um pai... Mas é só. Meu coração não está pronto pra te receber
depois de toda a humilhação que passei...
-Eu entendo e respeito. –Dei um pequeno sorriso. –Preciso
ir até a Itália para resolver algumas coisas e deixar alguém no meu lugar lá.
Vou me mudar pra cá, preciso ficar perto dos meus filhos e da mãe deles.
-Como quiser...
( Um mês depois...)
Depois do acontecido do hospital e tudo mais,
Efron se mudou para um apartamento a menos de 2 quilômetros de minha casa.
Todos os dias, quando chegava do escritório, ele estava a minha espera. Ficava
comigo até que pegasse no sono. Sempre muito preocupado com o meu estado. Todo
o conforto que uma gestante precisa, ele me dava. Eu já estava de cinco meses.
A barriga tinha quase triplicado de tamanho.
Depois que a gravidez começou, Stella dormia
comigo todas as noites, caso eu precisasse de alguma coisa, por que já estava
se tornando um sacrifício andar, e dirigir quase que já não era possível por
que causa da barriga. Zac até queria contratar um motorista pra mim, mais eu
não precisava disso. Nunca dependi de ninguém pra nada...
Bom, agora faltava pouco tempo pro nascimento dos
bebes e eu ainda não tinha decidido o nome deles, gostei de muitos, mas Zac não
havia gostado nenhum. Difícil de agradar ele... Mas, algo dentro de mim está
feliz por ter ele por perto. Saber que ele estava ali, nos momentos mais
felizes da gravidez me deixava feliz e meio desconfiada ao mesmo tempo, mas a
confiança iria vir com o tempo.
Dedicado a você que tem sido muito atentar aqui no blog! Amo vocês! Continuem lendo, grandes emoções estão por vir.
Bessos!
Amo vocês!
Fiquem com Deus!
5 comentários:
incriveeeel
sem explicação
amei amei amei
posta logo
Ainda bem que ela contou a ele \o/ agora só falta eles ficarem juntos novamente :DD, capítulo muito bom posta logo bjbj :**
aaai que lindo! ameeeei!!!! chorei jutno... kkkk' posta logo! >.<'
AAAAAAAAAAAMMMMMMMMMMEEEEEEEEEEIIIIIIII linda! Tá perfeito! Oxxaa, não tá mais postando com frequencia é? Desculpa amor, eu tô em período de vestiba, e tem que estudar né? Mais eu sempre tô lendo, só que tem dia que não como comentar, mais eu tô aqui tá? Te amo! E POSTA LOGO VIU??
estamos diih vestibah né Maay? Oia que difiçil tá viuo? maais agnt sempree tá aki viu princesa? OOOOSSSSAAAA, DESOÇA EM??? Ainda bm kii ela contou pra ele néah? sóh espero ki ela perdoue ele néah? POSTA LGOOO! ♥
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