Capítulo 11


É, acho que eu exagerei um pouco... Tinha só dois buques, um em cada mesinha do lado da minha cama e uma rosa amarela na mão dele. Só, mas foi o que bastou pra me deixar muito feliz.
-Acho que eu tinha esquecido? –Veio andando na minha direção.
-Olha, sinceramente sim. –Fechou a porta, colocou minha bolsa na cadeira e me deu à rosa.
-Eu nunca vou esquecer de uma data que foi tão importante pra mim. Nunca! –Me puxou pela cintura, que eu no ato o segurei pelo pescoço.
Ele me ergueu e me girou no ar, mas hoje foi diferente. Não éramos duas pessoas com medo dos sentimentos. Eram duas pessoas ansiando mais e mais um do outro

(Uma hora depois...)

-Amor?
-Hum.
-Você lembra daquela casa de praia que íamos sempre todos os verões.
-Qual delas morena? –Enquanto falava, dava beijinhos no meu ombro.
-No Hawaii.
-Ah sim. Lembro sim.
-E você não a vendeu né?
-Não. E mesmo que eu quisesse eu nunca ia vender. Tenho boas lembranças do meu pai lá. Foi lá que ele me ensinou a andar de Jet-ski. Por quê?
-Por nada não. Só queria saber.
Na verdade não era só isso. Eu ia ate lá. Só ia dar uma desculpa pro Zac e me mandar. Eu estava muito curiosa pra saber o que David tinha deixado pra mim. Mas não agora. Justo no meu niver de um mês com os meus olhos lindos.
-Ta com fome? –Me perguntou pegando o celular.
-Um pouco... Quero pizza! –Levantei os dois braços. –Pra falar a verdade, eu estou com muita fome! Muita! Mais não é fome de pizza... –Me levantei e fui em direção a ele. –Nem de comida, nem de pastel, nem de chocolate... To com fome de devorar esses lábios aqui! –Acariciei o lábio inferior de Zac que acompanhou com a cabeça os meus dedos.
-É...  –Me ergueu. –Acho que a pizza pode esperar... –Me deitou delicadamente na cama. - Te quiero con mi vida. –Proferiu no mais perfeito espanhol.
-Yo deseo con toda mi vida. Te quiero. –Afaguei-lhe o rosto.
Zac me tomou em um beijo calmo e suave. Como pode eu amar tanto uma pessoa assim? Como pode estar tão derretida por uma pessoa que praticamente foi criado como meu irmão? Essas coisas infelizmente não se escolhem, apenas acontecem.

Por volta das oito, percebi que Zac havia pegado no sono. Fiquei o observando dormindo e me deu dó de acordá-lo. Ele dormia tão bem que resolvi deixá-lo dormir.
Mas depois de todo esse tempo, meu estomago começou a pedir por um sinal de comida. É, a fome bateu, e eu precisava comer urgentemente. Vesti minha calça de bailarina que ficava gigante pra mim. Eu parecia um daqueles assaltantes com a calça, mais que eu amava e meu moletom velhinho... Surrado... Mais que eu não deixava minha mãe jogar fora de jeito nenhum.
 
Antes de sair do quarto, dei um beijinho na testa do Zac, o cobri com a coberta, e sai na ponta dos pés.
Fui ate a cozinha, e minha mãe estava sentada com um copo de água na frente dela e com um lenço de papel na mão limpando as lagrimas.
-Mãe? Que foi? –Cheguei perto dela e sentei na cadeira vaga.
-Oh minha filha... De novo com esse moletom? –Disfarçou as lagrimas.
-É mãe... Meu moletom que você ia jogar fora! Mais ande dona Gina, não me esconda nada. Sabe que essa tentativa de me esconder às coisas não funciona.
-Ai filha... As coisas andam difíceis sabe?
-Como assim mãe?
-Acho que teremos que procurar a nossa casa. –Minha mãe me olhou no fundo dos olhos e eu entendi a mensagem.
Quando minha mãe me olhava no fundo dos olhos, é quando ela não consegue mais guardar pra ela. Apesar da mãe maravilhosa que a dona Gina é, ela tem esse grande defeito. Só conta quando não agüenta mais.
-Eu e Starlla tivemos uma briga. Uma briga que eu acho que não tem volta. Sabe, acho o nosso tempo nessa casa acabo. Ela tem razão. Essa casa é dela e dos filhos dela. Não é minha, da Stella... Sua. Você carrega um grande cargo na empresa filha. Podemos alugar um apartamento no centro ou sei lá. Mas eu não posso mais ficar aqui. Não posso.
-Calma mãe... Acalma-se. Não vai adiantar à senhora ficar nesse estado de nervos. –Peguei o copo e dei na mão dela. –Olha, eu prometo que assim que eu voltar da viajem que eu vou fazer amanhã, eu juro que irei procurar uma casa pra nos três. O nosso tempo nessa casa acabou faz tempo. Deveríamos ter nos mudado quando David morreu. Mas eu fui adiando e adiando a nossa ida por comodismo mesmo. Mais olha... –Levantei seu queixo. –Nos vamos dar a volta por cima. Dessa vez, eu não sou uma criança mãe, estamos juntas nessa. Ta bom? –A levantei e a abracei forte.
-Eu te amo minha filha.
-Olha, vai tomar um banho, tirar essa roupa de empregada que a partir de hoje você não é mais uma empregada. Chega de ficar sendo humilhada pelos outros mãe. Não precisamos disso. Amanhã, eu vou embarcar bem cedo pro Hawaii. Eu tenho algumas coisas pra resolver lá e enquanto isso, a senhora e a Stella vão em busca de uma casa, pode ser?
-Pode... Claro que pode.
-Ótimo. Então... –A beijei o rosto. –Vai lá, faz eu que eu disse que eu vou comer alguma coisa por aqui e já vou subir fazer as malas.
-Cuidado por lá viu?
-Pode deixar.
Sabe, cansei de ver a minha mãe sempre atrás de uma pia de cozinha ou queimando a barriga na frente de um fogão. Não precisamos mais disso. Eu tenho uma boa quantia em dinheiro no banco e mais a herança que David me deixou pra casos como esse. Minha mãe merece um lugar digno pra se morar. Realmente ficar morando de favor na casa dos outros é complicado. E eu ate que dou razão pra Starlla, ela não tem que ficar agüentando pessoas que não sejam os filhos dela na casa. Não mesmo. Mais enfim.
Peguei uma bandeja, e coloquei dois copos de suco de laranja, três sanduíches, que eu tenho certeza que o Zac ia acordar com uma fome enorme e subi as escadas. Entrei no quarto e ele ainda estava do mesmo jeito que eu o deixei. Parecendo um anjinho dormindo. Coloquei a bandeja na mesinha, me ajoelhei ao lado da cama e comecei a acariciar seus cabelos. Foi quando ele abriu um olho só e ainda uma fresta bem pequena.
-Vamos olhos lindos... Abra essas safiras. –Depositei um selinho em seus lábios.
-Hum... Queria acordar todos os dias assim... Te olhando, te sentido.
-Mas isso já acontece meu amor... Vamos, eu trouxe comida.
Ele se sentou e começamos a comer, e em uma velocidade absurda ele comeu o primeiro e já partiu pro segundo, como se ele já soubesse que era pra ele, sendo que eu estava na metade do meu ainda.
Terminamos de comer, e eu coloquei a badeja de lado.
-Tem uma coisa... –Terminei de limpar minha boca com o guardanapo.
-Que coisa? –Terminou de vestir a calça e ficou sem camisa.
-Não quero que você faça nada ok? Essa atitude, agente já tinha que ter tomado a muito tempo. Na época em que o David se foi.
-Como assim? Eu não estou entendendo o que você esta falando.
-Zac... Não vai dar mais pra continuar aqui. –Disparei.
-Por que não? Como assim aqui?
-Calma... Eu vou explicar. É que, a minha mãe e a sua mãe tiveram uma briga daquelas, e parece que a sua mãe não nos quer mais aqui...
-Mais a casa não é só dela.
-Eu sei meu amor. Mas querendo ou não, eu, Stella e mamãe somos estranhas aqui. Não fazemos parte dessa família.
-Você faz parte da minha vida Vanessa.
-Calma Zac. Eu não vou pra outro país. Só não vamos mais morar na mesma casa. A sua mãe merece um pouco de privacidade. E também, você tem carro, eu tenho carro. Você vai poder ir na minha casa a hora que quiser. –Ele abaixou a cabeça e eu percebi que ele ficou chateado. –Ei? –Levantei seu queixo. –Não quero te ver triste. Eu te amo Zac. Distancia não importa pra mim.
-E pra mim também não importa. Mais eu não queria que você fosse embora daqui.
-algumas vezes, a vida toma algumas direções que não gostamos mesmo, mas temos que segui-las. E eu já disse, eu não vou embora do país. Só vou pra minha casa agora. Olha, amanhã eu vou ter que fazer uma viajem de emergência pra resolver algumas pendências da empresa, mas logo logo eu estou de volta. Não se preocupe, vamos ficar bem. –Me levantei e fui em direção ao closet pra pegar uma mala e começar a arrumação pra viajem.
Senti-o me envolvendo pela cintura e falando ao pé do meu ouvido.
-Será que pelo menos eu posso te levar no aeroporto?
-Claro que pode olhos lindos. –Me virei e o beijei.
Eu também não queria deixar aquela casa, onde eu fui criada com a minha irmã e com todos. Mas os tempos mudaram e as pessoas mudaram também. A Starlla realmente não tinha obrigação nenhuma de continuar nos abrigando na casa que David deixou pra eles. Então, eu não iria interferir em nada. Mas por enquanto queria aproveitar os últimos minutinhos com o meu loiro sarado, afinal não iríamos mais nos ver todos os dias.






Te quiero con mi vida = Eu te amo com toda a minha vida.
Yo deseo con toda mi vida. Te quiero =Eu te desejo com toda a minha vida. Eu te amo.

Aiai Girls... Capítulo mini né? Pois é, eu estou aqui no maior vapor escrevendo UAPR, por que sabem que a coisa ficou interessante lá, então eu estou dirigindo todas as minhas força pra lá. Mais é temporário por enquato ok??? Boom, vou indo por que eu quero porta lá e ainda tem muita coisa pra arrumar, então vou-me indo!

Bessos!
Fiquem com Deus!
XxXx


4 comentários:

Vaal O_o disse...

aiaiaiaiaiaiaiaiaiai.... eu simplesmenti ameey o moleton dos beatles... EU AMO OS BEATLES! muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitcho... fiko lindo esse cap... vixi, num gosti muito naum em??? querr dize, eu deixaria sem problema fika na minha ksa, mais infelizmente, nem todos pensam =a a min!
LINJHO!

Joooh ;) disse...

nussa, eu love beatles tmb... como amo!!1 ate hj escuto as musicas deles... aquela need somebody... eu amooo!
é, tmb num gostei muito não da atitude da starlla, poxa a gina é o braço direito dela... num curti muito naum... mais ta na hora de elaa tomar o rumo dela mesmo.-.

Anônimo disse...

aamei , amei ,ameei o capitulo
muuito bom !
bejs , posta logo o proximo *-*

Margarida disse...

Cap muito bom
Posta mais
bjs


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